
SEMANA DAS VOCAÇÕES 1-8 MAIO 2022
NOTA PASTORAL
A Semana das Vocações, neste ano de 2022, decorre entre os dias 1 e 8 de maio, culminando no IV domingo da Páscoa, em que a Igreja celebra o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Em cada ano, constituiu uma oportunidade para o testemunho de pessoas que se deixaram tocar pelo amor de Deus, a oração pelas vocações de especial consagração e a reflexão catequética nas paróquias e nas famílias.
No contexto atual, entre as experiências da pandemia e da guerra, as vocações podem ser contempladas como dons ativos de Deus, que requerem o acolhimento (com)passivo de pessoas que estejam dispostas a deixarem-se transformar pela bondade com que o próprio Deus quer destinar-lhes e, a partir delas, “aspergi-la” por gestos concretos em favor dos que fogem da ansiedade que rouba o sentido de viver e dos anseiam pela paz. [continuar a ler]
O Seminário como comunidade educativa em caminhada está atento á realidade do mundo e tem um contributo insubstituível para a sociedade. Desde logo na formação integral dos seus alunos e na escuta dos sinais dos tempos para responder de modo adequado aos anseios da humanidade de hoje.
Faço o apelo a todos os diocesanos para que manifestem o interesse pelo Seminário Maior, apreciem e valorizem o esforço educativo que aí se está a realizar, se empenhem na dinamização vocacional que passará pelas famílias e pelas comunidades cristãs, rendam graças a Deus que na Sua misericórdia nos oferece a alegria de um Seminário dinâmico cuja comunidade se manifesta alegre e feliz e contribuam generosamente para as grandes despesas que acarreta a sua vida”.
D. João Lavrador
59ª SEMANA DA VOCAÇÕES
1 a 8 de Maio de 2022
Notícias
São precisos “novos sentidos” para evitar “os (des)laços sociais” provocados pela pandemia, diz Piedade Lalanda
Piedade Lalanda foi uma das oradores do último dia das V Jornadas de Teologia promovidas pelo Seminário de Angra e afirmou que muitos laços sociais foram enfraquecidos com a pandemia, e agora com a guerra, a Igreja deve saber encontrar as estratégias para lhes dar um novo sentido.
Acolhimento e coração, são os dois ingredientes-chave da nova pastoral. Seja no âmbito social seja no âmbito familiar, diz a socióloga.
Apartir de uma análise a dados estatísticos de 2020, relacionados com a taxa de nupcialidade e de fecundidade, a investigadora reconhece que a pandemia teve um impacto negativo nas escolhas dos Açorianos.
Embora ainda se digam esmagadoramente católicos (em 2020 90% dos açorianos diziam-se católicos), a celebração do matrimónio está a decrescer.
“Em 2020, apenas 8,2% dos casamentos nos Açores são católicos, e tem-se registado uma diminuição desde 1995. Entre 2019 e 2020 houve um decréscimo de 28,2% para 8,2%” referiu
A pós-pandemia exige uma nova cultura onde o “encontro é um imperativo categórico”, afirma professor de Teologia Sistemática
No segundo dia das V Jornadas de Teologia do Seminário os padres Pedro Lima e Hélder Fonseca Mendes abordaram as interpelações que a pandemia deixou à sociedade e à Igreja
A pandemia fechou as igrejas mas a Igreja não está fechada e hoje, mais do que nunca, é chamada a ser uma presença catalisadora do encontro, “esperta em humanidade”, e ciente de que novos tempos implicam novos desafios, que impõem um novo olhar do homem consigo mesmo, com o ambiente, com a sociedade e com Deus, como defende a perspetiva holistica, constante dos documentos deste pontificado.
No segundo dia das jornadas de Teologia, promovidas pelo Seminário de Angra sobre os novos desafios da Igreja no pós-pandemia os dois sacerdotes oradores- padre Pedro Lima, professor de Teologia Sistemática e cónego Hélder Fonseca Mendes, professor de Teologia Pastoral e Administrador Diocesano- convergiram numa ideia base: os problemas evidenciados pela pandemia constituem uma oportunidade para o homem se reencontrar consigo, com o seu próximo e, sobretudo, com Deus.
“Se há questão revelada por esta pandemia é que não estamos sozinhos, quer no perigo quer na salvação. Podemos não ter grandes multidões, mas em pequenos grupos caminhamos juntos e partilhamos a mesma fé” afirmou
Um crente não tem medo, nunca tem medo, afirma Monsenhor António da Luz
Antigo professor do Seminário de Angra alerta para o “indiferentismo” como o grande inimigo de Deus
O grande inimigo de Deus nas sociedades contemporâneas é o “indiferentismo” afirmou esta noite monsenhor António da Luz, antigo professor de Teologia no Seminário de Angra, no primeiro dia das V Jornadas de Teologia promovidas pelo Seminário sob o lema “Estamos todos no mesmo barco: uma Igreja (pós) pandemia”, formato presencial e online.
“O indiferentismo é, de facto, um grande inimigo de Deus e uma ameaça” referiu o sacerdote que leccionou no Seminário de Angra durante um quarto século, sobretudo Teologia Moral e hoje vê publicada a sua obra crítica sobre o pensamento de Nietzsche, autor que traduziu e interpretou na sua tese de dissertação de licenciatura.
Depois do agnosticismo e do niilismo de Nietzsche, é o “indiferentismo moderno que torna Deus irrelevante e os cristãos têm a obrigação de se insurgir contra isso”, referiu
