Num tempo atípico como este em que vivemos, imersos numa pandemia, embora o Natal se vá celebrar um pouco de forma diferente, não se deixou de ver as casas embelezadas, as ruas com imensas luzes e as pessoas, se bem que em menor número, nas lojas a fazer compras.
Mas será que estamos a viver o verdadeiro Natal?
Chegando ao culminar deste tempo que chamamos de Advento, caminhada que nos faz preparar a vinda gloriosa d’Aquele que se fez carne e veio ao mundo da forma mais simples que se poderia imaginar, estou preparado para O receber?
Nos nossos dias, o Natal apresenta-se como uma festa de muitos presentes, mas infelizmente aquele que muitas vezes não encontramos presente é Jesus, Aquele que é a razão de celebrarmos este tempo. Onde será que está o dono desta grande festa?
Parece-me que o Salvador, o Senhor Jesus, ainda se encontra envolto naquelas palhas que o acolheram na simples manjedoura, longe dos nossos olhos, longe do nosso coração, das nossas casas, das nossas vidas.
O Natal, o nascimento de Jesus, dá-nos a oportunidade de mais uma vez iniciar uma nova etapa nas nossas vidas; é tempo de nos pormos a caminho daquele lugar que, sendo o mais humilde, permitiu que o Redentor nascesse. Mas será que estou disponível para começar essa nova etapa e ir ao encontro daquele que mais uma vez irá nascer?
O Natal deve ser celebrado no coração de cada um de nós como uma manjedoura, sempre pronta e disponível para acolher Aquele que foi prometido. Mas será que sou verdadeira manjedoura para acolher, para ajudar aquele que mais precisa, o pobre, o frágil, o solitário?
“Vinde, Senhor Jesus! Vós sois a luz: despertai-nos do sono da mediocridade; despertai-nos das trevas da indiferença. Vinde, Senhor Jesus! Tornai vigilantes os nossos corações distraídos: fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar.” – Homília do Papa Francisco para o início deste Advento (2020).
Que o Natal não termine logo após as primeiras horas do dia 26 de dezembro; que o Natal se estenda já neste tempo que ainda antecipa o dia prometido e por cada dia após a chegada d’ Ele; que sejamos homens e mulheres disponíveis, prontos a dar lugar ao amor, ao perdão e à fraternidade; que não sejamos medíocres, mas sim despertos e vigilantes para saber viver um verdadeiro Natal, aquele Natal que não se celebra sem Jesus.
Um Feliz e Santo Natal!
André Mota
2º Ano