Por Miguel Tavares
A paz é um desejo universal, todos queremos paz! Principalmente num mundo com tantos e cada vez mais focos de guerra e de conflito. No meio de turbulências e divisões no mundo, conflitos e incertezas, ansiamos por uma paz verdadeira, “desarmada”, aquela que transcende todos e cada um de nós. Para os cristãos, essa paz tem um significado profundo e especial, pois é o próprio Jesus Cristo. Mas dou por mim a perguntar-me: será que queremos realmente a paz?
Gaza, Ucrânia, Síria, Iémen, etc. Venezuela numa confusão. Pais, irmãos, amigos que não se falam, vizinhos que se odeiam. Somos intolerantes com a diferença e rápidos justiceiros em resolver os problemas dos outros.
Não nos podemos esquecer que a paz começa dentro de cada um de nós, em mim e em ti, nas nossas atitudes e escolhas.
Ora, a paz de Cristo não é simplesmente a ausência de conflitos ou dificuldades. Ela é uma paz interior, uma tranquilidade espiritual que vem do relacionamento, da intimidade com Deus. Jesus disse-nos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (João 14,27). Essa paz é distinta da paz mundana, pois não depende das condições externas, mas da confiança no amor, na soberania e na promessa de Deus. E eu? Confio em quê e em quem? Alimento a minha intimidade com Deus? Será que sou um “facilitador de esperança”?
A paz que Cristo oferece é capaz de transformar as nossas vidas. Ela traz conforto, esperança e coragem para enfrentar os desafios diários. Além disso, essa paz é promotora de amor, perdão e compreensão ao próximo, empatia! Assim, ao vivermos essa paz, somos testemunhas do amor de Deus e instrumentos da Sua reconciliação no mundo.
Miguel Tavares