Jesus e os últimos

Por Miguel Tavares

 

A opção preferencial de Jesus pelos pobres e pelos últimos é um princípio fundamental na mensagem e na prática cristã. Colocar os mais vulneráveis e marginalizados no centro da nossa ação pastoral, reconhecendo que a justiça social e o amor ao próximo são essenciais para uma sociedade mais justa e compassiva. Este pensamento não pode ser descurado ou esquecido da pastoral da Igreja.

Em um mundo marcado por desigualdades crescentes como a pobreza, a exclusão social e injustiças, as guerras e fomes, a opção pelos pobres convida-nos a proceder com solidariedade, empatia e compromisso com a transformação social, com a construção de um mundo novo. Isso significa não apenas ajudar os necessitados, mas também lutar por mudanças estruturais que promovam a dignidade de todos, especialmente daqueles que vivem à margem. Ou a Igreja assume esta missão ou não está a ser fiel a esta opção preferencial de Jesus.

Não nos podemos esquecer de que o cristianismo deve estar ao lado dos pobres, dos doentes e das periferias, como tantas vezes nos recordou o nosso saudoso Papa Francisco. É missão da Igreja trabalhar para a cessação de condições de injustiça e de exploração. Dando a Igreja, como não podia deixar de ser, o exemplo. “Como sonho com uma Igreja pobre e para os pobres”, confidenciava Francisco.

A fé não deve ser apenas uma questão espiritual, mas também um compromisso ativo com a transformação do mundo. Pois, a verdadeira essência do amor cristão manifesta-se, também, na luta por um mundo onde todos tenham dignidade, esperança e oportunidade de viver uma “vida em abundância”.

 

 

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