Por Miguel Tavares

Não são tempos fáceis, os nossos! Ainda no outro dia, alguém me dizia que os tempos em que vivemos são apocalíticos. Serão?
As inúmeras tragédias naturais, as guerras e conflitos com a morte de tantas crianças inocentes, a “fraqueza” do mundo político, a vivência de um individualismo e relativismo cada vez mais presentes e fortes, as fake news, etc, etc, etc…
Todas estas situações podem nos levar a um certo péssimo e a pensarmos que o fim está próximo. Não! Embora, tudo indique o contrário, o tempo é de esperança. Mas onde encontramos, tocamos e sentimos essa esperança?
A esperança reside num “vitorioso sentimento de humanidade” que está nos nossos corações. O ser humano é capaz do melhor quando, através da voz da sua consciência, é interpelado a servir o outro. Vimos isso, por exemplo, durante as chuvas torrenciais em Valência. A prontidão de tantas mulheres e de tantos homens em ajudar, sem esperar nada em troca. Encontramos, também, em inúmeras campanhas de solidariedade por este mundo fora. Encontramos, principalmente, nas nossas vizinhanças e comunidades, onde nos apoiamos, caminhamos, choramos e sorrimos juntos.
A esperança está em mim e em ti. Importa é sabermos encontrar “as razões da nossa esperança” (1Pe 3,15) e perguntarmo-nos com que olhos olhamos o mundo. Com os da esperança ou os do pessimismo?