Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino tem novo presidente
O seminarista Nuno Pacheco de Sousa foi eleito este sábado, dia 21 de Maio de 2016.
O seminarista, colaborador do Sítio Igreja Açores, Nuno Pacheco de Sousa foi eleito este sábado novo presidente da Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, a única conferência da diocese de Angra composta apenas por jovens rapazes.
Nuno Pacheco de Sousa é natural de São Miguel e frequenta o segundo ano do sexénio (designação do período de estudos e formação do Seminário). Substitui Jacob Vasconcelos que liderava este grupo da pastoral social do Seminário desde 2013.
A eleição decorreu este sábado de manhã no Seminário, na presença de todos os confrades e do assistente espiritual do movimento, Pe. José Júlio Rocha, informa uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores.
De acordo com as regras Nuno Pacheco de Sousa tem agora 15 dias para escolher a mesa que com ele formará a direcção da conferência.
Com sede no Seminário Episcopal de Angra, a Conferência tem 61 anos e é particularmente ativa no contexto das conferências da ilha Terceira, organizando anualmente várias actividades entre elas uma sessão formativa para a qual são convidados todos os vicentinos da ilha, organizados em 13 conferências.
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino foi fundada a 20 de Janeiro de 1955 pelos alunos do quarto ano de teologia, do Seminário Episcopal, tendo como primeiro presidente o Pe José Garcia e como assistente espiritual José Enes e, no dia em que foi constituída, foi também iniciado um costume que até hoje se mantém, o chamado “Pobre dos pobres”.
Esta tradição consiste na visita diária ao Santíssimo Sacramento por dois ou mais confrades que deverão, segundo a acta nº 1, pedir a Deus pela Sociedade de São Vicente de Paulo, pela Santa igreja, por Portugal e pelo Santo Padre.
Volvidos 61 anos esta conferência “mantém plena atividade, contando com 15 membros. Todos os seminaristas são vicentinos”.
Por trimestre, são feitas mais de 30 assistências. A conferência vive de donativos de vários sacerdotes e outros benfeitores que a auxiliam monetariamente.
Direção da Conferência Vicentina do Seminário
- Jacob Vasconcelos, presidente
- Fábio Carvalho, vice-presidente
- Aurélio Sousa, secretário
- Nuno Sousa, secretário
- Nélson Pereira, tesoureiro
- P. José Júlio Rocha, assistente espiritual
Encontro formativo tem lugar a 5 de março
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, sediada no Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo, promove no próximo dia 5 de março, o terceiro colóquio vicentino, destinado à formação espiritual das conferências sediadas na Ilha.
De acordo com uma nota enviada pelos responsáveis desta conferência, composta apenas por jovens rapazes ao Sítio Igreja Açores, trata-se de um evento “dentro da dinâmica do Ano Santo promulgado pelo Papa Francisco e por isso o tema será A Misericórdia: Chave da vivência cristã e vicentina.”
O conferencista convidado é o Pe André Resendes Graça, antigo membro desta conferência do Seminário e atual pároco na Lomba do Loução, na ouvidoria da Povoação, na ilha de São Miguel.
O III Colóquio Vicentino, que reúne todas as conferências vicentinas da ilha Terceira, inicia-se pelas 10h00 com o acolhimento, ao qual se segue a sessão de abertura, um momento de oração e, pelas 11h00 a primeira conferência, proferida pelo Pe. André Tiago Resendes Graça.
Na parte da manhã a reflexão estará centrada nas parábolas da misericórdia. Segue-se um breve intervalo, após o qual têm lugar os trabalhos de grupo.
Às 14h00 são retomados os trabalhos com a oração seguida da segunda conferência, subordinada à temática das obras de misericórdia. Seguem-se os trabalhos de grupo que partirão das reflexões escutadas, à semelhança da manhã. Haverá um breve intervalo a que se segue o plenário. O encontro termina com a celebração da Eucaristia, pelas 17h00, na Capela de Nossa Senhora da Natividade.
“Este evento formativo destina-se a colmatar um défice constatado em diversas conferências que mostraram interesse em aprofundarem a sua vocação sócio-caritativa e vicentina” refere a nota. Para tal, e devido à “elevada ressonância positiva do colóquio anterior”, a direção da conferência resolveu “avançar com este novo evento formativo, o único do seu género realizado dentro do Conselho Central da Ilha Terceira”, conclui a nota.
Conferência Vicentina no Estabelecimento prisional de Angra
D. João Lavrador almoçou com os reclusos
O Bispo Coadjutor de Angra celebrou esta manhã a missa da festa de Natal do Estabelecimento Prisional de Angra e exortou os presentes a não se resignarem com a sua condição procurando deixarem-se tocar por Deus.
Centrado na liturgia deste domingo, D. João Lavrador disse que “Deus tem um projeto de salvação para todos” que “nos faz passar das trevas à luz”. E embora, por estarem presos “pensem que são os únicos condenados deixem-me dizer-vos que mesmo nós que estamos em liberdade temos necessidade da intervenção de Deus nas nossas vidas e se não nos deixarmos tocar por Ele seremos constantemente tentados pelo pecado”.
“Jesus é a única luz do mundo” disse D. João Lavrador sublinhando que o “tempo novo” está para chegar.
Para o prelado diocesano, que celebrou pela primeira vez na cadeia de Angra, um espaço novo com capacidade para 300 reclusos, que tem recebido a maioria dos presos açorianos que estavam a cumprir pena noutros estabelecimentos prisionais do continente, “é no quotidiano que se entra no reino da felicidade” mas para isso “é preciso fazer o bem”.
Referindo-se ao Evangelho que apresenta João Baptista, como a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, o Bispo Coadjutor de Angra lembrou que “todos nós devemos projetar as nossas vidas não em função dos que nos são queridos mas tendo em conta Jesus”, “o único com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena para os homens”.
“Todos vós devem aproveitar este tempo de reclusão para pensar em como podem fazer o bem não só para vós mas também para os outros e deixarem-se tocar por Deus que é quem pode orientar e ajudar nessa caminhada”, disse D. João Lavrador.
A festa de Natal prosseguiu no ginásio do Estabelecimento Prisional com um almoço partilhado no qual participou também o Bispo Coadjutor acompanhado dos visitadores habituais da cadeia bem como do capelão do estabelecimento prisional, cónego Francisco Dolores e do franciscano Frei Pedro Cabral, da Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, a mais jovem conferência da ilha terceira composta apenas por jovens seminaristas do Seminário Episcopal de Angra, bem como elementos da Cáritas Diocesana.
Segundo Colóquio Vicentino sob o lema “Só Labora quem Ora”
Iniciativa é promovida pela conferência vicentina São Tomás de Aquino. “Só labora quem ora” é o tema do II Colóquio vicentino que vai decorrer no Seminário Episcopal de Angra, no próximo dia 25 de abril.
A inciativa insere-se no âmbito das comemorações dos 60 anos da conferência que tem sede no Seminário Episcopal e é dirigida apenas por jovens seminaristas. “Este colóquio é um momento destinado à formação espiritual das conferências sediadas na Ilha” sublinha uma nota da direção da conferência enviada ao Sítio Igreja Açores. O colóquio que conta com a particpação de vários sacerdotes, envolvidos no movimento vicentino, inicia-se pelas 10h30 com a sessão de abertura, com o Presidente da Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, Jacob de Vasconcelos.
A primeira conferência, às 11h00, será proferida pelo Cón. Gregório Rocha, licenciado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana e Director Espiritual do Seminário Episcopal de Angra. A segunda conferência estará a cargo do Cón. Ricardo Henriques, licenciado em Teologia Bíblica e Vice-Reitor do mesmo Seminário, seguindo-se um almoço. Da parte da tarde estão previstos “os trabalhos de grupo que partirão das reflexões escutadas durante a manhã e das indicações dadas pelos palestrantes. Haverá um breve intervalo a que se segue o plenário”, sublinha a nota da organização. O encontro termina com a celebração da Eucaristia, pelas 16h15, na Capela de Nossa Senhora da Natividade.“Este evento formativo destina-se a colmatar um défice constatado em diversas conferências que mostraram interesse em aprofundarem a sua vocação sócio-caritativa e vicentina”, sublinham ainda os organizadores que lembram que este colóquio é “o unico do género na ilhaTerceira”.
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, foi fundada a 20 de Janeiro de 1955 e teve como primeiro presidente o Pe José Garcia, sendo o assistente espiritual o então, ainda sacerdote, José Enes.
A conferência foi fundada pelos alunos do quarto ano de teologia, do Seminário Episcopal e no dia em que foi constituída foi também iniciado um costume que até hoje se mantém, o chamado “Pobre dos pobres”. Esta tradição consiste na visita diária ao Santíssimo Sacramento por dois ou mais confrades que deverão, segundo a acta nº 1, pedir a Deus pela Sociedade de São Vicente de Paulo, pela Santa igreja, por Portugal e pelo Santo Padre. Volvidos 60 anos esta conferência “mantém plena atividade, contando com 17 membros. Todos os seminaristas são vicentinos”. Por trimestre, são feitas mais de 30 assistências. A conferência vive de donativos de vários sacerdotes e outros benfeitores que a auxiliam monetariamente.
Pe Júlio Rocha elogia originalidade da matriz vicentina da caridade
Conselheiro espiritual da Conferência de São Tomas de Aquino, com 60 anos, sublinha relação de partilha entre o vicentino e o assistido
A relação de reciprocidade entre o vicentino e os assistidos que estão a seu cargo espelha o sentido da “caridade” e da “compaixão” cristãs que devem inspirar a intervenção sócio caritativa na sociedade atual, sugeriu esta terça feira o conselheiro espiritual da Conferência São Tomás de Aquino, sediada no Seminário Episcopal de Angra que acaba de assinalar 60 anos de atividade ininterrupta.
“A novidade da intervenção vicentina traduz-se no facto de cada vicentino ter a seu cargo pelo menos uma pessoa de quem cuida, mas em que esse cuidar traduz-se num andar lado a lado com o pobre, em que ele precisa de mim mas eu também preciso dele”, disse o Pe Júlio Rocha sublinhando que “é nesta reciprocidade” que está a “mais valia” de intervenção social dos vicentinos que assim “contribuem para uma verdadeira promoção e integração social”.
“O vicentino responsabiliza-se pelo pobre e faz com que ele seja seu companheiro de viagem, sem qualquer distanciamento”, destacou ainda o professor de Teologia Moral.
O modelo de intervenção vicentino vai “muito além” da mera distribuição de bens ou do apoio material porque o vicentino “não usa os seus bens para servir o outro nem se serve do outro para distribuir os seus bens”, destacou ainda o Pe Júlio Rocha.
A relação existente entre eles “vai para além do ter e dar bens materiais” situando-se num plano de amor, e “o pior que pode acontecer a uma pessoa pobre é sentir que ninguém precisa do seu amor”, rematou o sacerdote lembrando, ainda, que hoje a sociedade é “sedentária” mas que a fé “deve ser nómada” e a “nossa habitação chama-se Jesus”.
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, sediada no Seminário Episcopal de Angra foi fundada a 20 de Janeiro de 1955 e teve como primeiro presidente o Pe José Garcia, sendo o assistente espiritual o então, ainda sacerdote, José Enes.
A conferência foi fundada pelos alunos do quarto ano de teologia, do Seminário Episcopal, e no dia em que foi constituída, foi também iniciado um costume que até hoje se mantém, o chamado “Pobre dos pobres”.
Esta tradição consiste na visita diária ao Santíssimo Sacramento por dois ou mais confrades que deverão, segundo a acta nº 1, pedir a Deus pela Sociedade de São Vicente de Paulo, pela Santa igreja, por Portugal e pelo Santo Padre.
Volvidos 60 anos esta conferência mantém plena atividade, contando com 17 membros. Todos os seminaristas são vicentinos.
Por trimestre, são feitas mais de 30 assistências. A conferência vive de donativos de vários sacerdotes e outros benfeitores que a auxiliam monetariamente.
Na cerimónia comemorativa deste sexagésimo aniversário o presidente da conferência, Jacob Vasconcelos, seminarista do 5º ano, começou a sua intervenção destacando o papel dos fundadores.
“ À luz da história, contemplamos este feliz acontecimento no âmbito da tão conhecida época de ouro que levou ao florescimento e abertura desta casa a novos ventos do espírito”.
“Fazer memória do passado” é “trazer para o presente os perenes valores que animaram os primeiros membros da nossa conferência”, disse Jacob Vasconcelos, sublinhando que “o convite a fazer o bem sem desfalecer permanece, ainda que tenhamos de descobrir as nuances que os novos contextos nos apresentam” porque “há sempre muito a fazer”.
O seminarista sublinhou, também, a importância dos valores vicentinos na formação do clero.
“A opção preferencial pelos pobres está no âmago da missão da Igreja e da sua doutrina e precisa de encarnar em gestos e situações concretas. Embora cônscio de que há inúmeras formas de o fazer e que a conferência vicentina não esgota o bem que sempre deve ser praticado, penso que cumpre um papel fulcral na formação do futuro presbítero, chamado a uma especial predileção para com aqueles a quem a vida mais castigou”, disse Jacob Vasconcelos.
“Esta sensibilidade nunca pode ser esquecida e é particularmente requerida nestes tempos em que a mentalidade individualista e hedonista nos assola com peculiar intensidade”.
O responsável pela conferência vicentina do Seminário destacou, ainda, o trabalho desenvolvido pela Sociedade de São Vicente de Paulo em todo o mundo. Segundo dados do Pontifício Conselho para os leigos, são cerca de quarenta e sete mil as conferências existentes, sendo constituídas por uma média de quinze a vinte pessoas. Estão presentes em cento e trinta países.
“Penso que estes valores não nos deixam indiferentes e fazem-nos sentir que não estamos sozinhos. Pelo orbe inteiro há quem se dedique, nesta e noutras formas, à meritória “senhora caridade” como gostava de lhe chamar S. Vicente de Paulo”, referiu Jacob Vasconcelos, deixando uma palavra final de agradecimento a todos os benfeitores desta e das outras 14 conferências da ilha Terceira, que também foram convidadas para a sessão solene, tal como o Conselho Central dos vicentinos da ilha Terceira, presidido por Maria Carmelo Alves.
O programa comemorativo começou com uma Eucaristia Solene , na Capela de Nossa Senhora da Natividade, no Seminário , seguida da sessão solene e depois de um jantar, no qual participaram muitos dos assistidos pela conferência. No final do encontro foram distribuídos cabazes a todas as conferências da ilha.
Conferência Vicentina do Seminário de Angra celebra 60 anos
Aniversário reúne todas as conferências vicentinas da ilha Terceira
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, sediada no Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo, celebra no próximo dia 20, 60 anos de vida ativa na assistência aos mais necessitados, informa uma nota a que o Sítio Igreja Açores teve acesso.
O programa comemorativo começa às 18h30 com uma Eucaristia Solene , na Capela de Nossa Senhora da Natividade, no Seminário , que será presidida pelo Bispo de Angra, seguindo-se às 19h30 uma sessão solene.
Uma hora depois haverá um jantar de confraternização que tem a particularidade de ser participado por todos os assistidos da conferência e as direções das restantes 14 conferências da ilha Terceira. No final do encontro serão distribuídos cabazes a todas as conferências da ilha.
A Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, foi fundada a 20 de Janeiro de 1955 e teve como primeiro presidente o Pe José Garcia, sendo o assistente espiritual o então, ainda sacerdote, José Enes.
A conferência foi fundada pelos alunos do quarto ano de teologia, do Seminário Episcopal e no dia em que foi constituída foi também iniciado um costume que até hoje se mantém, o chamado “Pobre dos pobres”.
Esta tradição consiste na visita diária ao Santíssimo Sacramento por dois ou mais confrades que deverão, segundo a acta nº 1, pedir a Deus pela Sociedade de São Vicente de Paulo, pela Santa igreja, por Portugal e pelo Santo Padre.
Volvidos 60 anos esta conferência “mantém plena atividade, contando com 17 membros. Todos os seminaristas são vicentinos”.
Por trimestre, são feitas mais de 30 assistências. A conferência vive de donativos de vários sacerdotes e outros benfeitores que a auxiliam monetariamente.
Para este dia, além dos assistidos, foram convidados todos os benfeitores e as direções de todas as conferências da ilha, do Conselho Central da Ilha Terceira e das demais instituições com as quais trabalha em rede, nomeadamente o Banco Alimentar da ilha Terceira.
In Igreja Açores (CR/colaboração de Jacob Vasconcelos)
Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino promove colóquio quaresmal sobre “A esmola”
O Colóquio realizado pela Conferência Vicentina no passado dia 29 de Março revelou-se extremamente profícuo para todos os participantes, facto constatável no fim dos trabalhos, quando, unanimemente, aplaudiram a iniciativa e pediram a sua repetição para o próximo ano. Participaram ao todo quarenta e sete vicentinos de toda a Ilha, além dos palestrantes já mencionados. Os momentos de reflexão conjugaram-se oportunamente com o convívio e partilha de experiências comuns.
Porque, na Igreja, tudo há-de partir da Sagrada Escritura, a conferência realizada pelo Pe. Dr. Ricardo Henriques permitiu que, à luz dos ensinamentos bíblicos, tomássemos consciência da actualidade da pobreza e da prática da esmola. Foi também possível constatar que os problemas verificados hoje são muitos similares aos que eram observáveis nos tempos em que os livros do Antigo e do Novo Testamento foram definitivamente consignados. O palestrante destacou assim a permanente novidade da palavra de Deus, que sempre nos interpela a estar sempre do lado dos mais pobres e débeis da sociedade, como Cristo fez em toda a Sua vida. A missão da Igreja e, concretamente a dos Vicentinos, é a de tornar presente esta caridade e predilecção de Jesus pelos mais pobres. Após um momento de chá e de são convívio entre os confrades, foi tempo de desfrutar da sabedoria da Dra. Mónica Oliveira que, sendo licenciada em Educação Social e tendo experiência cumulada na área, nos abriu novas perspectivas de atendermos e de nos aproximarmos dos que mais precisam, atendendo aos casos de real necessidade e preservando sempre a dignidade que todos merecem ver respeitadas. Não deixou também de chamar a atenção para a urgência de uma acção concertada entre as diversas instituições de assistência, para que a ajuda não seja concentrada em algumas pessoas marginalizando outras que certamente necessitam de assistência a vários níveis e não a têm. Após o almoço, auscultamos a comunicação do Rev. Diácono Luís Rafael Martins do Carmo que, partindo da explanação do contexto histórico de São Vicente de Paulo e do Beato Frederico Ozanam. Fundador das conferências vicentinas, fez-nos perceber a dignidade e a nobreza da nossa missão, que nunca há-de ser entendida como um título de glória mas como um serviço à igreja e ao mundo que nos deve deixar imensamente felizes, por sermos úteis aos outros. Após esta prelecção, as conferências juntaram-se em três grupos distintos, orientadas pelos confrades seminaristas, puderam partilhar a sua reflexão pessoal, num momento único de enriquecimento mútuo. Seguiu-se o plenário, orientado pela Dra. Mónica, onde, além da apresentação de diversas e perspectivas e confronto de ideias, houve tempo para o esclarecimento de dúvida e para a apresentação de soluções práticas a ter em conta nas diversas assistências, para que a acção vicentina seja mais eficaz. Para fechar o dia em chave de ouro, houve o momento da Hora Santa onde, diante do Santíssimo Sacramento exposto, foi possível rezar, meditar, estar em silêncio diante do Senhor e ouvir as sábias palavras de Monsenhor José Nunes que, pela sabedoria dos anos, deixou-nos um testemunho de sabedoria e perseverança na prática no amor fraterno. No fim deste momento celebrativo e orante, foi entregue a cada conferência um pergaminho com o “Hino ao amor” (Capítulo 13 da 1ª Carta aos Coríntios) para que cada conferência possa ter sempre diante dos olhos a primazia do amor fraterno através da meditação de um texto de inestimável valor para quantos entram em contacto com ele.
Um momento pleno de riqueza, na certeza de que, na união e no sentimento de caminharmos no mesmo rumo, revigorámos as forças e reciclamos perspectivas, na certeza de que a aprendizagem constante nos impele a sermos sempre melhores cristãos, homens e mulheres comprometidos com a sociedade hodierna. A missão de um vicentino é a missão de todo o cristão que não se pode descurar da atenção aos seus irmãos.
O presidente da conferência,
Jacob Vasconcelos
“Servi o Senhor com alegria!”(Sl 99,2)
Fundada em 1833, na cidade de Paris, pelo Beato Frederico Ozanam, a Sociedade de São Vicente de Paulo proliferou rapidamente por todo o orbe. Mercê da urgência da caridade, num contexto onde se cruzavam numerosas assimetrias sociais, um pouco à semelhança do que acontece nos nossos dias, a acção das conferências vicentinas chegou também às nossas ilhas e ao nosso Seminário. A 20 de Janeiro de 1955 era fundada a nossa Conferência e colocada sobre o patrocínio de São Tomás de Aquino. Nesse mesmo dia foi eleito para presidente da mesma o já então P. José Garcia, assumindo a orientação espiritual da mesma o P. José Enes. Na mesma acta está também consignada a fundação de uma das mais belas tradições da Conferência do Seminário, que ainda hoje é mantida com sumo agrado. Trata-se da visita ao “Pobre dos Pobres.” Não é inoportuno deixar aqui transcritas as palavras da acta, lapidares para o tempo presente e para os anos vindouros: “Deliberou ainda a Conferência admitir como seu primeiro pobre, o Pobre de Honra, o Santíssimo Sacramento, que será visitado todos os dias por um confrade (…) o qual nas orações pedirá pelas seguintes intenções: Sociedade de São Vicente de Paulo, especialmente pela nossa conferência, pela beatificação de Frederico Ozanam (entretanto ocorrida), pela Santa igreja, especialmente pela nossa Diocese; por Portugal e pelo Santo Padre.” (Acta número 1 do 1º livro de actas da Conferência).
Em sã continuidade, além da visita ao Santíssimo Sacramento, temos vindo a introduzir novos elementos de acção caritativa. Num mundo em perene mutação, urge estar despertos para as novas formas com as quais poderemos estar presentes no tempo hodierno. Reunimo-nos quinzenalmente, ao sábado pelo meio-dia. Semanalmente, à terça-feira, tem lugar o atendimento à porta, mediante o qual fornecemos assistência alimentar e medicamentosa. O controle das assistências é feito mediante fichas previamente preenchidas que nos permitem auxiliar os nossos assistidos com maior eficácia e equilíbrio. São também efectuadas semanalmente, ao domingo, visitas à Santa Casa da Misericórdia por membros previamente escalonados à reunião. Por ocasião do Advento, foram realizadas visitas por todos os membros da conferência À Casa de Saúde do Espírito Santo e à Santa Casa, com animação da Eucaristia. Para o segundo trimestre, abraçámos um novo projecto, sob o impulso e beneplácito do nosso Reitor. Visitaremos, por grupos, mensalmente, os sacerdotes mais sós e idosos da nossa cidade. Pelo Natal, foi realizada a habitual edição do Boletim Informativo “A partilha”, distribuído pelos confrades, alunos e professores e por todos os sacerdotes da diocese que apoiam a nossa acção. De ressaltar que a receita da nossa conferência provêm dos donativos dos sacerdotes e demais fiéis generosos que vão permitindo que a nossa actividade se mantenha com regularidade. No presente ano lectivo, ficamos também com o Bar do Seminário sob a nossa responsabilidade, o que permitirá uma receita extraordinária considerável. Conseguimos um espaço definitivo para a nossa Sede, na zona das antigas camaratas. Tal facto permitiu o início de um armazém de géneros alimentícios para uma resposta mais rápida às necessidades que nos surgem.
Fiéis aos princípios fundantes e cônscios de que sempre haverá muito para cultivar na caridade, que está no âmago da mensagem cristã, caminhamos para a celebração dos 60 anos da Conferência, a celebrar em 2015. Ao todo, são 17 os membros da Sociedade presente no nosso Seminário. Enquanto rosto institucional da caridade no coração da Diocese, esperamos que a celebração de uma data tão bela nos leve a um renovado empenho, tendo sempre presentes nas nossas mãos e nos nossos rostos os gestos acolhedores do Senhor Jesus.
Jacob Fernando Nóia Vasconcelos
Presidente da Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino
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