O respeito e o diálogo necessários entre a cultura e a inteligência humana nunca pode perder de vista a dimensão do transcendente, tendo presente que, à luz da tradição cristã, o homem é sempre orientado por Deus, disse esta noite o bispo de Angra que presidiu à sessão solene de abertura das II Jornadas de Teologias dos Açores, “Deus na pena dos Homens- diálogo entre Teologia e Literatura”.
Perante as transformações “tão fortes” da cultura atual, a igreja deve sentir-se motivada para contribuir ativamente para este diálogo esclarecido afirmou D. João Lavrador.
O prelado diocesano, que dividiu a sua intervenção em três pontos, começou por destacar as características da sociedade atual, marcada pelo “pensamento laicizante” que se materializa no “ateísmo moderno” e no individualismo, a que se contrapõe, por outro lado, uma necessidade crescente de Deus. Uma evidência que as artes- sobretudo a literatura-, apesar de tudo, deixam transparecer e, por isso, não podem ficar indiferentes à Igreja que, em cada momento da história é convidada a ler os sinais do mundo e do tempo.