Este é o tempo…

Este é o tempo…

 

Embalado por Ti…

encantado pela Tua voz.

Este é o tempo do abraço,

da transfiguração,

da metamorfose,

o tempo em que

o silêncio inquieta,

o tempo em que o mundo

se torna um paraíso de ofertas…

onde tudo é mais fácil…

mais honroso…

mas onde a fugacidade é

dona dos sonhos.

Este é o tempo de ter assento

na escola do amor.

Guarda-nos, Deus, coração de Pai

com mãos de Mãe.

Quando descermos do Teu colo,

dá-nos a mão.

 

Talvez nem fossem precisos comentários. Quis que esta fraca tecedura de palavras resumisse, poeticamente, o que sinto já a mais de meio caminho de Seminário.

Para Confúcio, a experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido.

O que nos alimenta agora é toda a carga do ontem, e amanhã, se ajuntará a carga do hoje da nossa existência. É com plena consciência e seriedade que os jovens que percorrem o caminho de Seminário devem abraçar esta missão. Este é o tempo de carga.

«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.» Mt 10,16.

Hoje, temos de nos preparar, afincadamente, para lutarmos contra os lobos da indiferença e do egoísmo.

Acabaram as massas, as romagens em grande número às portas das nossas igrejas… este é o tempo da missão diária, do testemunho, da saída. Acabou-se o sermão do Frei Tomás “ Faz o que ele diz e não faças o que ele faz”.

Hoje, o Cura de Almas terá, necessariamente, de ser resgatado como aquele que tem as mãos de Deus, para regenerar e não condenar, apoiar e não selecionar!

Abramos os olhos e vejamos, rapidamente, que o Povo de Deus precisa de ser resgatado pelo amor.

Rezemos…

 

Aurélio Alexandre Ferreira Sousa

4º Ano

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