Voar (de novo) do ninho

Quando saímos do nosso ninho pela primeira vez, voamos felizes e determinados, pois esperamos um destino perfeito e acreditamos que estamos prontos para realizar esse voo de vida, contudo, ao lá chegar, percebemos que não estamos tão preparados assim…

Com o passar de quase dois anos desde esse primeiro voo, o ânimo de voltar a casa nas férias vai crescendo, não por querermos fugir e desistir, mas porque percebemos realmente o que faz parte de nós e isso faz-nos viver!

Chegou a Páscoa e vamos de férias. Temos obrigações como seminaristas e como membros da Igreja: algumas coisas não gostamos tanto de fazer, mas outras completam a nossa caminhada vocacional. Estas pequenas alegrias e o conforto da família, que nos faz sentir que tudo corre bem, de quem nos ama, nos gerou e com quem partilhamos um pouco de tudo, fazem-nos querer ficar, mas há que voltar…

Nos últimos dias, tentamos aproveitar o tempo ao máximo para estarmos com eles, no entanto, sentimos esse tempo passar depressa e rapidamente chega o dia de voltar a voar.

Despedimo-nos de amigos e vizinhos e fazemos a última viagem no ninho que é nosso. Ao longo desse caminho, ouvimos conselhos que outrora nos pareceram desnecessários, mas que agora sentimos que são amor e preocupação.

Ao despedirmo-nos, vemos a nossa mãe chorar por ser capaz de mostrar o que sente e essa é a ultima imagem que vemos antes de partirmos.

Regressamos e o nosso desejo é voltar. Contudo, deparamo-nos com os nossos professores e colegas que deixamos, e dá-nos vontade de ficar, pois, apesar de algumas zangas que temos e que nos fazem crescer, lembramo-nos da razão de estarmos aqui: Jesus!

 

Tadeu Timótio

Ano Propedêutico

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