Parábola da casa construída sobre a rocha (Mateus 7,21-27)

Sobre o que construíste a tua vida?
Há os que constroem a sua vida
sobre as areias movediças
da mentira, da hipocrisia,
do sonho ou das ilusões.
Os que constroem sobre os pântanos da mentira,
cálculos mesquinhos, paixões efémeras,
sobre as cinzas das ideologias já mortas,
ou sobre a lama de negócios desonestos…
O fino lodo penetrante do tempo que passa,
a chuva que lava as maquilhagens do rosto,
a tempestade das desgraças da sorte, da doença,
as torrentes da morte inexorável
acabaram por tudo levar!
Sobre que construí eu a minha vida?
Sobre que fundamento construí os meus projetos,
sobre que rocha apoiei as minhas escolhas,
as minhas decisões, os meus compromissos?
Senhor, concede-me a paciência
de cavar bem fundo
os alicerces da minha casa;
de enraizar as minhas convicções no silêncio da oração
e na ruminação da tua Palavra.
Concede-me a perseverança de aprofundar, dia após dia,
as consequências práticas do teu Evangelho.
Senhor,
tu, a Rocha da nossa vida e a da Igreja,
tu, o rochedo sobre o qual o pé não se enterra,
concede-nos a vigilância do Espírito e a lucidez da fé
para verificar sobre que terreno
nós enraizamos o nosso futuro
e o das nossas comunidades.
Senhor,
concede-nos a sabedoria evangélica
capaz de discernir a urgência dos tempos novos
e de estar em harmonia com os últimos tempos
que a tua Palavra e a tua vida inauguraram.
Senhor,
uma vez que os nossos atos atestam o que nós acreditamos,
dá-nos a graça não somente de entender as tuas palavras,
mas também de as escutar com o nosso coração
para as pôr em prática
e viver delas.
