Nos dias que correm onde diariamente surgem notícias de mártires cristãos em algumas regiões deste mundo, a que nós chamamos “moderno”, surge-nos a indagação sobre o que é a santidade ou como vive-la. No entanto, parece que a modernidade é um impedimento à santidade, dado que esta está apenas aparentemente reservada àqueles que hoje derramam o seu sangue pelo nome de Cristo.
Porventura terá a santidade outras vias a mais do que o martírio? Cristo diz que sim e a Igreja, ainda hoje confirma e proclama o desafio que é ser santo atualmente. Poder-se-ia dizer que não existem meios ou fins, que hoje nos permitem alcançar a santidade, mas ao que parece, estão ainda bem evidentes e em alguns casos, ao nosso lado ou até em nós próprios. Talvez o constante esquecimento de Deus e da sua mensagem tenha criado nos Homens uma espécie de fuga à Fé e à religião. Talvez hoje não esteja na “moda” ser cristão ou simplesmente religioso. Isto tudo fruto de uma sociedade ateísta e laicista que abdica de valores transcendentes, supondo talvez que o homem seja o centro de tudo e que tudo gira à sua volta. Esta situação não se agrava, porque a Santa Igreja tem constantemente ao longo dos seus dois mil anos de existência, difundido o nome de Jesus Cristo e a sua mensagem por todo o mundo de forma catequética e instrutiva. Missão que ainda hoje é urgente.
Divulgar a mensagem Cristológica é de facto algo que exige uma forte presença e aceitação global, dando voz ao Cristo histórico e principalmente ao Cristo divino que deseja chegar a todos os Homens. Ele afirma no próprio Evangelho de devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, mas talvez possamos interpretar a sua mensagem de uma forma mais resumida: Ao mundo o que é do mundo e a Deus o que é de Deus. Todavia, será que nós nos damos a Deus na devida medida? Será que no meio das nossas vidas sempre sem tempo e sem vontade, temos algum tempo par Deus e para o escutar?
O Desafio da Santidade é algo fundamental na missão da Igreja. A visão da santificação da alma pelas boas obras, pela oração comunitária, pela prática dos bons hábitos são alguns dos pontos que devemos, e começo por mim, a implementar em nós próprios mas também a difundir pelos outros. Fazendo que esta mensagem evangélica de salvação chegue aos irmãos pelo conhecimento e pela prática. Sermos nós as páginas vivas do Evangelho, nas palavras de São Francisco, que conduz ao céu.
Rui Pedro Garcia Soares
1º Ano