Os dois diáconos da Diocese de Angra que vão ser ordenados sacerdotes a 13 de julho e a 9 de agosto “estão preparados” e a sua “generosidade e competência” vão ajudá-los no desempenho do seu ministério, é a opinião do Reitor do Seminário Episcopal de Angra.
“As minhas expectativas são positivas, senão não os apresentaria ao Senhor Bispo para que fossem ordenados. Cada um tem a sua maneira de ser e competências diversas que deverão ser tidas em conta aquando a sua colocação numa paróquia. A sua generosidade e preparação dá-nos confiança”, disse ao Portal da Diocese o Pe Hélder Miranda Alexandre.
Bruno Espínola de 27 anos é natural da Graciosa e será ordenado sacerdote no próximo dia 13 de julho, na Matriz de Santa Cruz, na ilha Graciosa. O outro futuro sacerdote, Bruno Pacheco, é natural de Ponta Delgada, tem 24 anos e será ordenado a 9 de agosto na Igreja Matriz da Ribeira Grande.
Questionado sobre a maturidade e a preparação dos dois futuros sacerdotes, o responsável pela equipa formadora do Seminário Episcopal de Angra, onde ambos fizeram todo o seu percurso formativo, sublinha a necessidade de acompanhamento dos jovens padres.
“Não podemos garantir tudo. O Seminário apenas lhes dá as ferramentas necessárias para exercerem responsavelmente e bem formados a sua missão. Contudo, não se pode esquecer a questão da formação contínua. Rapidamente, depois da ordenação, damo-nos conta que não basta o que aprendemos. Há sempre muito a estudar e formar para que os fiéis sintam no padre um guia autêntico e não um cego, ou alguém que repete sempre o mesmo e de maneira pobre. É um desafio para todos”, disse o Reitor.
A questão da maturidade tem sido, de resto, um dos principais temas de reflexão do clero diocesano que ainda recentemente, no Conselho Presbiteral realizado em maio, pediu ao Bispo de Angra que promovesse um maior acompanhamento dos padres mais novos.
Para o Pe Hélder Miranda Alexandre, trata-se “ de uma questão transversal à sociedade” embora reconheça que “ cada vez mais chegam ao Seminário jovens mais imaturos”. Por isso, o que é preciso, diz o responsável pelo Seminário é que as pessoas entendam “que o Seminário é apenas uma etapa da vida. Amadurecer custa, e é para isso que aqui estamos” e “a imaturidade é um desafio crescente para a formação”.
“Não se pode abandonar um padre novo, apenas ordenado, à sua mercê. Se por um lado se descobrem sinais de imaturidade, por outro, o seu entusiasmo é atraente e deve ser aproveitado ao máximo. Há que ter cuidado ao colocá-los para que sejam sempre acompanhados e não sintam o peso demasiado da solidão pastoral. Essa é uma grande responsabilidade da Diocese”, conclui o sacerdote.
Estes dois futuros sacerdotes frequentaram o sexto ano do Seminário e foram ordenados diáconos no passado dia 11 de maio, domingo do Bom Pastor.
Durante os 18 anos de episcopado e depois destas duas novas ordenações, o Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, já terá ordenado 52 sacerdotes.
In Igreja Açores