Exposição do museu

Exposição do museu de Angra do Heroísmo

 

Seminário de Angra: o coração da Diocese … 150 anos
O Museu de Angra do Heroísmo inaugura a 8 de Novembro, pelas 16h00, a exposição Seminário de Angra: o Coração da Diocese. Patente na Sala de Destaques até Março de 2013, esta exposição consubstancia o contributo empenhado deste Museu para as comemorações do 150.º aniversário da fundação do Seminário episcopal de Angra, que funcionou também no antigo Convento de S. Francisco, entre 1862 e 1911.

Trata-se de uma exposição que conta a história de uma instituição, que, ao longo de 150 anos, dedicou toda a sua atenção à formação humana, religiosa, cultural e académica de muitos açorianos, muitos dos quais assumiram a função de sacerdotes, cuja atividade tem sido exercida preferencialmente nos Açores, mas cuja ação se estendeu também além do arquipélago, com particular destaque para o antigo império colonial português.

Através de textos e imagens, é apresentada nesta exposição uma narrativa da história dos homens que, sob o prisma da religião católica, são preparados para servir o próximo e dar testemunho da palavra de Cristo, transmitindo conhecimentos e influenciando os comportamentos das comunidades onde exercem as suas atividades.

 

Programa de Exposição

Responsável
José Olívio Mendes da Rocha

Espaço(s)
Sala dos Destaques

Inauguração
8 de novembro de 2012

Título
Seminário de Angra: o coração da Diocese … 150 anos depois (provisório)

Divulgação:

Catálogo
Outdoor
Outros s/ produção de catálogo
s/ produção de outdoor
Faixa de exposições temporárias a produzir/Ana L. / SE: fornecer imagem
Museografia
Tema

Comemoração dos 150 anos do Seminário Diocesano

Temáticas / Núcleos

Textos / Letterings
Título
Nota explicativa sobre o projeto
Nota sobre a Historia do Seminário de Angra

Suportes e
Materiais gráficos (reproduções de imagens, indoors)
Vitrinas: 3
Painéis:  2
Plintos:   3
Estrados:
Painéis em vinil autocolante: Titulo
Painéis com letterings em letra de recorte:

Equipamentos áudio-visuais
Projetores: 1 com projeção de imagens
Som ambiente: equipamento existente no local

Pinturas Sala: descolagens e nova pintura dos painéis
Suportes: retoques

Produção / Montagem
Cronograma

Calendário  Tarefas Equipa
12 de outubro Produção de informações
Preparação de textos e legendas José Olívio
Padre Helder Miranda
Seminarista Joaquim Neves
15 a 30 de outubro Produção de letterings José Olívio / Bizex / Lazer

2 e 5 de novembro Preparação da sala (eventual pintura).
Instalação de equipamentos
Eleutério e Augusto
6 e 7 de novembro Montagem final: colocação de letterings
Eleutério e Augusto
8 de novembro Inauguração

Aquisição de Bens e Serviços

Informação Despesa: Objeto Valor

1 Concepção e impressão de letterings (título, texto de enquadramento e eventualmente 3 textos curtos, de enquadramento.
Estimativa da ordem dos                        400,00/500,00€
Total
Título provisório da exposição a pretexto dos 150 anos de história do seminário:

Seminário de Angra: o coração da Diocese … 150 anos depois
Seminário … de semente, o que parece indicar que o seminário deve ser uma ocasião para semear ideias e favorecer a sua germinação”.
A missão do Seminário episcopal de Angra

O Seminário Maior, instituído no Concílio de Trento, somente foi fundado em Angra em 1862. Cento e cinquenta anos volvidos, esta comunidade educativa eclesial de ensino superior, continua a acompanhar o processo vocacional dos futuros sacerdotes, adaptando-se aos novos desafios de um mundo em mudança.
A sua obra é essencialmente a formação de pessoas históricas, na harmonia entre o ideal da meta a atingir e a atenção ao caminhante, com desafios e sonhos, problemas concretos e aventura, na alegria da juventude de quem deseja falar de Deus aos homens e dos homens a Deus. A tarefa educativa reveste-se por isso de uma dedicação intensa às várias dimensões humana, intelectual, espiritual e pastoral. A sua importância no seio da Igreja Católica permite-lhe que lhe chamem “Coração da Diocese”!
Padre Helder Miranda Alexandre, reitor

 

Cronologia do Seminário de Angra
Antes

1560 – Constituições sinodais do bispado de Angra dão orientações quanto às Ordens
Menores e às Ordens Sacras, no que se refere aos conhecimentos, bons costumes, idade limitada e “se tem aspeto e descrição de homens para receber a dignidade sacerdotal”;

1563/Julho/15- Institucionalização dos Seminários por parte do Concílio de Trento;
1783-1799 – D. Frei José da Avemaria, bispo de Angra, exigia que “sem a competente certidão de
frequência, aproveitamento e capacidade dos pretendentes, não podiam ser admitidos à
Ordens, neste bispado…”;

1787- Com a expulsão dos jesuítas e sentida a falta de formação para leigos e futuros sacerdotes,
o Capitão General Dinis Gregório e o prelado D. Frei José da Avemaria diligenciaram, sem
sucesso, para que o Seminário funcionasse no edifício do Colégio dos Jesuítas;

1802-1812 – D. José Pegado, bispo de Angra, determinou em testamento “que a sua livraria ficasse ao seu Sucessor, até que em Angra houvesse Seminário Episcopal, de que tanto se necessitava”;

1818/Julho/26- Instrução Pastoral do Cónego. Dr. João José da Cunha Ferraz, governador da
Diocese de Angra, após a morte de D. frei da Sagrada Família sobre os estudos que deviam
fazer os pretendentes à vida sacerdotal como governador da Diocese, após a morte de D.
Frei da S. Família;
Após
1827-1870 – D. Frei Estêvão de Jesus Maria, o 27.º bispo de Angra, governando formalmente a
diocese e no pontificado de S.S. Leão XII manifestou o desejo de que ele fundasse um
Seminário, conforme prescrevera o Concílio de Trento;

1862/11/9 – Fundação do Seminário, só com alunos externos e realização de obras de adaptação
(ver plantas);

1864, outubro – Receção dos alunos e início das aulas com internato;

1901 – Cedência de todo o edifício de S. Francisco para seminário, tendo ocorrido a
mudança do Liceu para a palácio Bettencourt;;

1901/1902 – Constituição da biblioteca;

1908/1909 – Encerramento do seminário devido à peste bubónica;

1911, Outubro –  Com a implantação da República em 1910, encerramento do seminário mercê
de ordens superiores;

1914/1915 – Início das aulas no edifício adquirido na Rua Duque de Palmela ao Barão do
Ramalho, do qual resta o arco do portão de entrada;

1930 a 1957 – Período em que o seminário foi construído na atual localização

1962, 9 de novembro – comemoração do 1.º centenário com a realização de
um Sarau musico-literário;

1980, 1 de janeiro – Sismo de grande magnitude na ilha Terceira e que atingiu fortemente o
Edifício do seminário

1985 – Reabertura do seminário após a sua reconstrução, sob a direção do padre Doutor
Laudalino
Nomes de sacerdotes ilustres do seminário de Angra

– D. João Paulino de Azevedo e Castro, 19.º bispo de Macau, tendo governado a Diocese entre 1902 e 1918 bispo de Macau;

– D. José da Costa Nunes, (Candelária do Pico, 15 de Março de 1880 — Roma, 29 de Novembro de 1976), exerceu as funções de Bispo de Macau (1920 – 1940) e Arcebispo de Goa e Damão (1940 – 1953). Títulos honoríficos de Primaz do Oriente e de Patriarca das Índias Orientais (1940 e posteriormente Vice-Camarlengo da Santa Sé;

– D. Manuel Medeiros Guerreiro, (Santa Cruz, Lagoa, Açores, 12 de Abril de 1891 — Santa Cruz, Lagoa, Açores, 10 de Abril de 1978, bispo de Meliapor e, depois, de Nampula;
– D. José Vieira Alvernaz, (Ribeirinha do Pico, 5 de Fevereiro de 1898 — Angra do Heroísmo, 13 de Março de 1986) bispo de Cochim, Coadjutor do Patriarca das Índias e, depois, arcebispo de Goa e Patriarca das Índias Orientais;

– D. Jaime Goulart, (Candelária do Pico, 10 de Janeiro de 1908 — Ponta Delgada, 15 de Abril de 1997) bispo de Timor;

– D. José Pedro da Silva, (Santo Antão, 5 de Abril de 1917 — Viseu, 23 de Maio de 2000), bispo de Tiava e auxiliar do patriarcado de Lisboa, posteriormente bispo de Viseu;

– D. Paulo Tavares, (Santo Antão, 5 de Abril de 1917 — Viseu, 23 de Maio de 2000) bispo de Macau.
Marcas e Heranças do Seminário de Angra
– No tempo do bispo D. Francisco José Vieira e Brito (1892-1901), foi criada a Estudantina Santa Cecília, o elemento orquestral de todas as festas do Seminário

– Academia de S. Tomás de Aquino

– Academia Dr. Cardoso Couto ?

– I.A.C. 1955

– Semanas de Estudo (1961-1966).
– Outras
Peças e documentos para a exposição:

1. Documentos e peças do seminário

1.1. fichas de identificação de alunos;

1.2. Outros documentos ainda não identificados;

1.3. Peças de traje eclesiástico;

1.4. Imagens de patronos: S. José, S. Tomás de Aquino, S. Coração de Jesus e de Nossa S. da Conceição;

1.5. Livros com interesse significativo da Biblioteca do seminário

1.6. Fotografias de personalidades (seminaristas, padres e bispos) e de conjuntos de alunos de várias épocas;

1.7. Búzio grande, objeto com um significado especial na tradição do seminário;

2. Peças do Museu

2.1. Plantas da adaptação de S. Francisco a Liceu e a Seminário;
2.2.
2.3. Plantas do edifício do seminário na Rua do Palácio (espólio de Mestre Manuel Chaves)

2.4. Fotografias;

2.5. Jornais;

2.6. Outros objetos ainda a determinar.

3. Peças de particulares:

3.1. Do padre Doutor João Maria Mendes:
3.1.1. Chapéu eclesiástico de 3 bicos, cor preta;
3.1.2. Chapéu de 4 bicos, cor preta com listas  a cor verde, doutor;
3.1.3. Exemplar de Passe para entrada nas sessões do Concílio Vaticano II;
3.1.4. Caderneta de notas na Universidade Gregoriana;
3.1.5. Caderneta de notas na Pontifícia Universitas Latenanensis;
3.1.6. Cartões de identificação pessoal da Biblioteca Apostólica Vaticana, Arquivo Secreto do Vaticano e do Seminário Episcopal de Angra

3.2. Padre Doutor Helder da Fonseca;

3.3. Padre Francisco Dolores.

 

Museografia da exposição

Tendo em conta as características deste espaço, a museografia a utilizar deverá, necessariamente assentar num discurso simples, claro e direto:

– A meio da sala deverá existir uma estrutura em triângulo (barrotes de criptoméria no interior e placas de MDF no exterior onde serão colocados:

1. Na frente, lado virado para a entrada com o título da exposição, com o texto síntese sobre o que é o seminário;
2. No lado da esquerda uma síntese cronológica;
3. No lado da direita serão colocadas informações que identificam a função religiosa, social e cultural do seminário, com a referência à criação das organizações surgidas do seminário: Estudantina, Academias de S. Tomás de Aquino, Dr. Cardoso Couto o I.A.C., Semanas de Estudo.

– Nos painéis dos 3 lados que constituam os espaços úteis da exposição serão ilustrados com retratos, fotografia e documentos os aspetos mais importantes referidos no triângulo.

– Um dos painéis, por exemplo o lado direito será preenchido com imagens e referências a nomes surgidos do seminário: bispos, padres, professores universitários, outros…

– Nas vitrinas, para além dos documentos mais importantes (ou curiosos) serão colocadas as plantas da adaptação do antigo convento a Liceu e a Seminário e da construção do novo seminário.

– Em local a determinar irá existir um sistema de projeção de imagens em sistema rotativo e tipo PowerPoint.

Ler mais: https://www.seminariodeangra.pt/a150-anos/exposi%c3%a7%c3%a3o-do-museu/

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