Que cinzel terá esculpido este rosto?
Que engenho terá concebido este olhar tão humano de Deus?
Umas vezes triste… outras reservado…
Quem se atreve a racionalizar o mar de gente que o venera…
Aquele sábado de silêncio ensurdecedor…
Dos gritos viscerais de mães que de joelhos lhe agradecem e pedem…
pelos filhos doentes, transviados, que partiram…
Os que carregam o peso da doença…
Da aflição… do desencanto…
Vêem n’Ele, o comandante do barco da esperança…
E Ele, ternurento, de lábios entreabertos diz-lhes:
“ «Vinde a mim, todos vós que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei…»” (Mt 11,28)
As palmas constantes que o aclamam, e, que no coração, fazem ecoar as palavras de Tomé…
“« Meu Senhor e meu Deus!»” (Jo 20,28)
Senhor Santo Cristo dos Milagres!
Guarda-nos bem junto a Ti…
Toma-nos ao colo… como ovelha tresmalhada…
Guarda-nos neste oceano de misericórdia que és Tu!
Aurélio Sousa
4º Ano