O bispo de Angra desafiou esta manhã os cristãos açorianos a serem capazes de levar a boa nova, enfrentando as adversidades do mundo sem medo.
Na homilia da missa a que presidiu neste domingo do Bom Pastor, na paróquia de São Pedro da Ribeirinha, na ilha Terceira, onde instituiu o seminarista do 5º ano Fábio Carvalho no ministério de acólito, D. João Lavrador recordou que é preciso ter “coragem” para “proclamar a boa nova sem medo”.
“Importa proclamar com coragem, sem medo dos obstáculos que se colocam hoje à mensagem do Evangelho, perante tantas mentes obscurecidas e corações atrofiados, que não há outro salvador que não seja Jesus Cristo”.
O Prelado lembrou que tal como ao tempo da igreja primitiva também
“o mundo de hoje, fascinado pelas conquistas da ciência e da técnica e desfasado da sua relação com Deus, questiona a ação da Igreja e da comunidade cristã sobre o seu poder de transformar o mundo e a sociedade”.
Importa, por isso, refere D. João Lavrador, “ter a lucidez necessária para, como Pedro, afirmar que a autêntica transformação e a respetiva realização profunda do ser humano, são operadas com a cooperação do homem, da sua inteligência e pela sua criatividade, mas não se realiza sem a atuação de Jesus Cristo presente na história dos homens através da ação do Seu Espirito”.
Referindo-se ao Evangelho de hoje, o bispo de Angra recordou que a afirmação de Jesus “Eu sou o Bom Pastor” oferece uma “força abrangente para toda a procura humana”.
“Esta imagem do Bom Pastor é de tal modo expressiva e significativa que ela desafia a Igreja em todo o seu ser e na sua atuação. Cada um dos batizados não se reconhece tão só como rebanho que conhece o Bom Pastor e se sente acarinhado por Ele, mas igualmente transporta em si as marcas do Bom Pastor que o envia a realizar a missão de testemunhar a Boa Noticia da Salvação com os mesmos traços do Bom Pastor” afirmou o bispo de Angra.
Neste domingo do Bom Pastor, o bispo de Angra institui ainda no ministério de acólito Fábio Carvalho, aluno do 5º ano do Seminário Episcopal de Angra.
D.João Lavrador que desde que chegou à Diocese tem manifestado o desejo de, com urgência, a igreja diocesana ser cada vez mais ministerial, com todos os seus membros a reconhecer o serviço que lhes compete na edificação da comunidade cristã, no testemunho evangélico e na missão de servir a pessoa e a sociedade em ordem a tornar eficaz a obra evangelizadora da Igreja, deixou um desafio ao novo acólito.
“Este passo que hoje recebe a bênção de Deus, deve traduzir-se para ti e para a Igreja diocesana num convite a caminharem na edificação de comunidades inteiramente ministerial”, disse.
“Caro Fábio, agora que te aproximas mais do altar da Eucaristia e dos demais sacramentos, caminha também mais na intimidade com Jesus Cristo o Bom Pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas, colhe no teu coração o maravilhoso mistério que se realiza no altar e torna-te membro ativo de uma comunidade que no altar e na Eucaristia se alimenta e se dispõe a servir à maneira de Jesus Cristo que veio para servir e não para ser servido, privilegiando os mais pobres e marginalizados” afirmou ainda.
A missa celebrada na paróquia da Ribeirinha é o culminar de uma “jornada” de oração pelas vocações, que nos Açores assume a forma de Quinzena.
Ontem, na paróquia de São Sebastião, o Serviço Diocesano da Pastoral das Vocações promoveu uma “Feira Vocacional”, seguida de uma Vigília de oração pelas vocações, na qual participaram vários grupos de jovens.
A vigília foi presidida pelo Reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe. Hélder Miranda Alexandre, que é também o responsável diocesano pela pastoral vocacional.
Igreja Açores