Bispo coadjutor de Angra celebra missa da festa de Natal do Estabelecimento Prisional de Angra
D. João Lavrador almoçou com os reclusos
O Bispo Coadjutor de Angra celebrou esta manhã a missa da festa de Natal do Estabelecimento Prisional de Angra e exortou os presentes a não se resignarem com a sua condição procurando deixarem-se tocar por Deus.
Centrado na liturgia deste domingo, D. João Lavrador disse que “Deus tem um projeto de salvação para todos” que “nos faz passar das trevas à luz”. E embora, por estarem presos “pensem que são os únicos condenados deixem-me dizer-vos que mesmo nós que estamos em liberdade temos necessidade da intervenção de Deus nas nossas vidas e se não nos deixarmos tocar por Ele seremos constantemente tentados pelo pecado”.
“Jesus é a única luz do mundo” disse D. João Lavrador sublinhando que o “tempo novo” está para chegar.
Para o prelado diocesano, que celebrou pela primeira vez na cadeia de Angra, um espaço novo com capacidade para 300 reclusos, que tem recebido a maioria dos presos açorianos que estavam a cumprir pena noutros estabelecimentos prisionais do continente, “é no quotidiano que se entra no reino da felicidade” mas para isso “é preciso fazer o bem”.
Referindo-se ao Evangelho que apresenta João Baptista, como a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, o Bispo Coadjutor de Angra lembrou que “todos nós devemos projetar as nossas vidas não em função dos que nos são queridos mas tendo em conta Jesus”, “o único com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena para os homens”.
“Todos vós devem aproveitar este tempo de reclusão para pensar em como podem fazer o bem não só para vós mas também para os outros e deixarem-se tocar por Deus que é quem pode orientar e ajudar nessa caminhada”, disse D. João Lavrador.
A festa de Natal prosseguiu no ginásio do Estabelecimento Prisional com um almoço partilhado no qual participou também o Bispo Coadjutor acompanhado dos visitadores habituais da cadeia bem como do capelão do estabelecimento prisional, cónego Francisco Dolores e do franciscano Frei Pedro Cabral, da Conferência Vicentina de São Tomás de Aquino, a mais jovem conferência da ilha terceira composta apenas por jovens seminaristas do Seminário Episcopal de Angra, bem como elementos da Cáritas Diocesana.