Condecorações

Presidência da República

Medalha de Ordem de Mérito de Instrução Pública

No dia 10 de Junho deIMG_0125 2015, o Seminário foi agraciado com a medalha da Ordem de Mérito de Instrução Pública da Presidência da República. Uma insígnia imposta pelo Representante da República para os Açores, o embaixador Pedro Catarino, numa cerimónia que decorreu no Solar da Madre de Deus em Angra do Heroísmo, nos termos que se seguem:

O Presidente da República, Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, confere ao Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo o Título de Membro-Honorário da Ordem da Instrução Pública.

Nos termos da Lei das Ordens Honoríficas Portuguesas são-lhe concedidas as honras e o direito ao uso das Insígnias que lhe correspondem.

Dado na Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas, em 20 de Agosto de 2015”.

O embaixador Pedro Catarino lembrou a história do Seminário e sublinhou que além de “alfobre de inúmeras vocações sacerdotais, o Seminário deu ao país e ao mundo cidadãos de inestimável valor cultural e cívico”.

Trata-se de uma Instituição que “assegura a continuidade da igreja no arquipélago”, que “além da assistência espiritual que providencia à população contribui, com as suas obras sociais, para a coesão social das ilhas”.IMG_0123

Para o reitor do Seminário esta condecoração é “especial porque vem do mais alto magistrado da nação” e “porque reconhece o nosso trabalho e, sobretudo, presta homenagem aos nossos antepassados que tanto lutaram para erguer esta casa. É um privilégio pessoal, sentimento extensivo a toda a equipa formadora” receber esta condecoração em nome do Seminário “facto que aumenta ainda mais as nossas responsabilidades”.

“Não podemos baixar os braços nem desanimar porque o trabalho é difícil e árduo mas temos de continuar a lutar pela sobrevivência desta casa” referiu o reitor lembrando que “é aqui que pulsa o coração da nossa diocese e isso exige de nós padres um esforço muito grande para, em conjunto, levarmos este projeto em frente”.

João de Melo, escritor, e José Pracana, músico, foram os outros dois açorianos a serem condecorados pelo Presidente da República. A sessão contou ainda com a atuação do Quinteto da Classe de Sopros da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba, constituído por quatro alunos daquele estabelecimento de ensino e pelo maestro e compositor Antero Ávila.

 


Chaves de Ouro

Secretaria de Estado do Vaticano

Reverendíssimo Senhor Reitor P. Hélder Miranda Alexandre informado de que o Seminário Maior de Angra comemora cento e cinquenta anos de fundação no dia 9 de Novembro de 2012, o Santo Padre de bom grado Se associa ao Te Deum pela jubilosa ocorrência dessa benemérita instituição à sombra da qual tem lugar uma maturação particularmente significativa na consciência do jovem seminarista que deixa de ver a Igreja como se a estivesse a olhar de fora para sentir-se, por assim dizer, dentro como em sua Casa: passa a sentir com a Igreja, abraça de alma e coração a sua causa da cristificação do homem e, uma vez identificado ele próprio com Cristo, chega ao conúbio místico tomando-A por esposa e vivendo como homem da Igreja.

Por isso, com o coração repleto de alegria e esperança pelo presente e o futuro do Seminário Episcopal de Angra, Sua Santidade o Papa Bento XVI saúda o Reitor, os formadores e os seminaristas, e concede-lhes extensiva aos seus familiares, benfeitores e a quantos cooperam na vida diária do Seminário, um propiciadora Bênção Apostólica.

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Vaticano, 21 de Setembro de 2012

Angelo Becciu

Substituto da Secretaria de Estado de Sua Santidade

 

Bênção Apostólica sob a forma “Chaves de Ouro”

A Secretaria de Estado do Vaticano emanou no dia 21 de Setembro de 2012 o documento “chaves de ouro”, dirigido ao Seminário por ocasião do aniversário da sua fundação no dia 9 de Novembro de 1862, “em que o Santo Padre Se associa ao Te Deum pela jubilosa ocorrência dessa benemérita instituição”.

Deste modo, a sede petrina saúda aquela Instituição e concede propiciadora Bênção Apostólica ao Reitor, formadores e seminaristas extensiva “aos seus familiares, benfeitores e a quantos cooperam na vida diária do Seminário”.

O símbolo heráldico da Sé Apostólica é constituído por duas chaves pontifícias, uma de ouro e outra de prata, decussadas e sobrepostas, com os interiores em forma de cruz, direcionadas para o exterior e ligadas por um cordão, timbradas pela tiara papal, composta por três coroas de ouro, culminadas por um globo encimado por uma pequena cruz. Da tiara caiem duas faixas, com cruzes de ouro e que enrolam as chaves. Este símbolo foi reconhecido pela nova “Legge Fondamentale dello Stato della Città del Vaticano” promulgada por João Paulo II a 26 de Novembro de 2000.

Esta simbologia é originária da passagem  do Evangelho em que Cristo concede a Pedro a faculdade de ligar e desligar no Céu e na Terra e de ser a cabeça da Igreja (Mt  16, 17-18). As chaves decussadas referem-se à cruz de Santo André, são direcionadas de baixo para cima e unidas por um cordão para assim ligarem os dois poderes, divino e humano. A tiara é símbolo do poder soberano do Romano Pontífice. O mundo representa a missão universal da Igreja.

Este documento advém de uma longa tradição em que a Sé Apostólica abençoa os peregrinos que se dirigem a Roma. Deste modo, reconhece-se a primazia da Igreja que preside à caridade. Originalmente os peregrinos dirigiam-se aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo para cultivarem a unidade com a Igreja Universal e receberem a bênção, ou mesmo a absolvição dos pecados graves através da penitência pública.

Este prestigiado documento é testemunho desta nobre tradição, cimenta a comunhão do Seminário de Angra com a Igreja Universal e reconhece o trabalho desta Instituição. Registamos com profunda alegria, emoção e reconhecimento gesto tão paterno de Sua Santidade Bento XVI.

 


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Insígnia Autonómica de Reconhecimento

No dia 20 de Maio, na Horta, Ilha do Faial, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e o Governo Regional dos Açores promoveram conjuntamente a comemoração do Dia da Região Autónoma dos Açores, na qual agraciaram o Seminário de Angra com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento, recebida pelo P. Dr. Ricardo António Henriques, reitor interino em representação da Instituição.

Este voto de congratulação fora aprovado por unanimidade, sobre proposta do partido socialista, pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na Horta, no dia 17 de Janeiro de 2013, após evocação da memória histórica dos principais feitos desta Instituição ao longo dos seus 150 anos.

 


Município de Ponta Delgada

Medalha de Ouro Municipal

O Seminário Episcopal de  Angra foi distinguido com a Medalha de Ouro Municipal pela Câmara de Ponta Delgada, no dia 14 de Maio, por ocasião do encerramento das Festas da Cidade que coincidem com a Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres.Município de Ponta Delgada

A distinção inseriu-se, ainda, no âmbito dos 150 anos do Seminário, inaugurado em 1862, e foi recebida pelo Reitor, Cónego Hélder Miranda Alexandre.IMG_0126

De acordo com a deliberação camarária, sob proposta da Comissão Municipal de Toponímia, o Seminário “foi durante muitos anos o que pode considerar-se a única escola de ensino superior que funcionou nos Açores dali saindo, entre outros, dois bispos naturais de São Miguel” nomeadamente D. Manuel de Medeiros Guerreiro, nascido na Lagoa em 1892 e designado Bispo de Meliapor e D. Paulo José Tavares, natural de Rabo de Peixe e designado Bispo de Macau.

Por outro lado, refere a proposta, o Seminário foi o principal responsável pela formação de “centenas de sacerdotes que integraram o corpo docente de várias escolas de São Miguel bem como a Universidade dos Açores”.

A cerimónia teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho e foram distinguidas outras personalidades. A Medalha de Ouro, a mais alta insígnia municipal, foi entregue também a título póstumo a Augusto Athayde. Foi, igualmente, entregue o diploma de Cidadão Honorário de Ponta Delgada a Francisco Carreiro da Costa e a Medalha de Mérito Municipal a Anthímio de Azevedo e Manuel de Medeiros Ferreira, ambas a título póstumo.


Voto de Congratulação do Município de Angra do Heroísmo

IMG_0121O Seminário Episcopal de Angra está a celebrar os 150 anos da sua fundação tendo sido o primeiro estabelecimento de ensino superior nestas ilhas açorianas.

Contam-nos os cronistas que não foi fácil a criação de um seminário na Diocese de Angra, embora desde o Concílio de Trento que havia a obrigação da sua fundação em todas as Dioceses. A estreita dependência temporal da Diocese em relação à Ordem de Cristo fazia com que todas as decisões que implicassem verbas estavam nas mãos do Mestre daquela Ordem que, há muito, era o próprio Rei de Portugal. Ora, a autorização para a fundação de um seminário impetrada por vários Bispos de Angra foi sempre negada pelo Mestrado da Ordem de Cristo.

Só com a confirmação, pela Santa Sé, de D. Frei Estêvão de Jesus Maria como Bispo de Angra é que o Papa Leão XII, na respectiva Bula, manifestava o desejo de que o novo Prelado fundasse um seminário. Assim veio a acontecer no ano de 1862 tendo sido aproveitado o edifício devoluto do extinto Convento de São Francisco para aí se instalar o internato e serem ministradas as aulas após prolongadas obras de adaptação.

Embora a solene inauguração do novo Seminário de Angra tivesse ocorrido oficialmente no dia 9 de Novembro de 1862, de facto o seu real funcionamento só começou no ano lectivo de 1864, sendo as instalações partilhadas com o também recentemente criado Liceu de Angra.

Com a implantação da República e com as novas leis de 1911 de separação da Igreja do Estado o Seminário de Angra foi obrigado a abandonar as instalações do antigo S. Francisco vivendo uma situação de extrema complexidade e fragilidade com os alunos a viverem em habitações particulares e a irem a casa dos professores onde eram lecionadas as aulas.

Entretanto, a 2 de Março de 1914 o procurador da Diocese conseguiu adquirir a título pessoal o solar do Barão do Ramalho, na Rua do Palácio, onde veio a ser instalado, depois de obras de adaptação, o Seminário e onde passou a funcionar até aos nossos dias.

Apesar de todas as vicissitudes por que passou nas primeiras décadas da sua existência, o certo é que se tornou o único centro de formação de nível superior no Arquipélago dos Açores, e para lá afluíam dezenas de estudantes, muitos deles sem a menor vocação sacerdotal, sendo a única forma de poderem estudar e adquirir uma formação académica de reputado mérito.

Ao longo destes século e meio da sua existência, o Seminário de Angra formou centenas de jovens em humanidades, embora não descurando uma boa formação nas ciências naturais e matemáticas.

Uns seguiram a vida sacerdotal tornando-se pastores de almas por essas ilhas açorianas, ou, prosseguindo os seus estudos em Universidades portuguesas ou estrangeiras, tornaram-se professores do Seminário ou ocuparam cargos de alta responsabilidade na administração diocesana. Alguns partiram para terras de missão em África e no Oriente ou serviram nas comunidades açorianas das Américas levando a cultura e o saber lusíada para essas longínquas paragens. Do Seminário de Angra saíram vários sacerdotes que vieram a ser Bispos e um deles, foi feito Cardeal pelo Santo Padre.

Outros, desistindo da carreira sacerdotal, vieram a ser importantes homens das letras e das ciências honrando o Seminário com o seu saber e com o seu contributo cívico na sociedade açoriana.

Uns e outros deram um contributo significativo para a construção do regime autonómico e dos ideais de um Açores prósperos e governados por açorianos.

Assim, ao decorrerem as cerimónias da celebração dos 150 anos da fundação nesta nossa cidade episcopal daquela instituição de ensino superior, a Câmara de Angra expressa um justo e merecido voto de congratulação com o Seminário de Angra pela sua meritória obra de ensino em prol do povo açoriano.

Aprovada, em reunião de 1 de agosto de 2014
O Presidente da Câmara, José Gabriel do Álamo de Meneses

 

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