Amor é uma palavra de que o mundo de hoje não pode prescindir. Aliás, nunca pôde. A ela voltamos sempre, por absoluta necessidade, mesmo que o tema pareça esgotado. Quando pudermos mostrar aos nossos irmãos que os amamos deveras, então estará quase pronto o anúncio do Evangelho. Quem não se sente amado não pode amar nem entender o Amor maior de que queremos dar testemunho todos os dias da nossa vida. Aquele Amor que ressuscitou do sepulcro.
O amor é um sentimento que rompe com todas as barreiras e limites, é um sentimento que não tem metas mesquinhas, não se contenta com pouco. Com este pensamento, olhemos para a maior prova de amor que a sociedade tem e que cada vez mais quer ofuscar. Hoje, quem seria capaz de entregar seu corpo? Hoje, quem seria capaz de morrer por alguém? Arrisco-me a dizer: ninguém, nem mesmo eu. Até hoje, só um foi capaz, e não preciso de nomeá-lo, basta pararmos e olharmos.
Sim! Sim é a maior prova de amor que o mundo tem e que o mesmo, tem dificuldades em imitar. Não vos digo para morrer literalmente; a maior parte das vezes, não precisamos de chegar a esse extremo, mas, sim, dar um pouco de si mesmo ao outro; é aquilo de que o mundo precisa e precisará.
E tu, jovem, que és o coração da sociedade, és chamado a construir pontes e mudar este mundo que precisa, urgentemente. E para que aconteça esta mudança, primeiro tem que existir uma revolução no coração do homem. E nós, que somos o coração desta sociedade, desta Igreja, está em nós mudar o mundo, que precisa de sentir este amor. Se existisse muito mais amor no coração do homem, acredito que até poderíamos dispensar as leis. Como dizia Santo Agostinho, «Ama e faz o que quiseres».
Como posso amar quem me magoou? – é perdoando. Pois é perdoando que se ama, quem não sabe perdoar não sabe amar ou não se ama. Há coisas que são impossíveis de perdoar, não me refiro a banalidades, mas por vezes nós não perdoamos nas pequenas coisas; se não conseguimos perdoar nesses momentos, como iremos perdoar nesses tais momentos impossíveis?
A nossa História está cheia de sinais de amor, de gente que amou até ao fim, imitando o Mestre. Cada santo é a prova do amor de Deus, cada vida convertida e transformada é uma página do Evangelho vivida e incarnada. Ser cristão, afinal, é seguir um grande Amor com provas dadas. É o impossível feito possível para nós.
André Furtado
4º Ano