A Quaresma, um ciclo de quarenta dias que precede a celebração mais importante do cristianismo – a Páscoa, a Ressurreição de Jesus Cristo, é um tempo de introspeção intensa e transformação espiritual. Este ciclo inicia-se na Quarta-feira de Cinzas e termina antes da Missa do “Lava-pés”, na Quinta -feira Santa. Durante este tempo, os cristãos são chamados a imergir em oração e penitência, evocando os quarenta dias que Jesus passou no deserto e os sofrimentos que suportou na cruz.
A Quaresma é um tempo de preparação para a celebração da Ressurreição de Jesus, o alicerce da fé cristã. Este período convida os fiéis a uma confrontação especial entre as suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta confrontação deve levar a um aprofundamento da compreensão da Palavra de Deus e a uma intensificação da prática dos princípios essenciais da fé.
Este tempo litúrgico é caracterizado por práticas de penitência, como o jejum e a caridade, que visam fortalecer os cristãos para a celebração da Páscoa. A Quaresma é também um tempo propício para o despojamento; é benéfico questionarmo-nos sobre o que podemos privar-nos para ajudar e enriquecer os outros com a nossa pobreza.
O Papa Francisco, nas suas mensagens para a Quaresma, sublinha a importância deste período. Ele ensina-nos que a Quaresma serve “para não nos contentarmos com uma vida medíocre, mas para crescermos na amizade com Deus”. Ele também destaca que a Quaresma é um tempo para acreditar, isto é, para receber a Deus na nossa vida, permitindo-Lhe “fazer morada” em nós. Além disso, ele convida-nos a viver a Quaresma com esperança, sentindo que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas.
Em suma, a Quaresma é um tempo de introspeção e renovação. É um convite para olharmos para dentro de nós próprios e refletirmos sobre a nossa vida. É um momento para pensarmos nos pontos positivos, mas principalmente em tudo o que precisamos melhorar e no modo de o concretizar. É um tempo para nos aproximarmos mais de Deus e vivermos mais próximos de Cristo.
Gonçalo Furtado, 3⁰ ano