O Seminário Episcopal de Angra acaba de criar uma escola de Ministérios cujo objetivo é ter um curso de formação de leigos para ministérios instituídos – acólitos e leitores- e diáconos permanentes.
O curso, que arranca já no próximo dia 11 de fevereiro, tem inscritos seis alunos, todos da ilha Terceira, que frequentarão o Seminário durante o próximo semestre, duas horas por dia para receberem formação em duas disciplinas base: introdução à teologia e eclesiologia.
“Neste primeiro semestre será um primeiro contato com estas disciplinas e os novos alunos vão integrar-se nos horários dos seminaristas”, disse ao Portal da Diocese o Reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe Hélder Miranda Alexandre, “o que constitui uma dificuldade pois trata-se de um horário que coincide com o horário laboral e nem toda a gente tem disponibilidade para isso”.
O curso prolonga-se por mais três anos e destina-se a leigos, “com experiência de vida, com percurso profissional e estabilidade conjugal” acrescentou ainda o responsável pela instituição que assim “procura dar resposta às solicitações que têm sido feitas no sentido de um aprofundamento e consolidação dos conhecimentos teológicos”, sobretudo de pessoas envolvidas já na vida das paróquias.
“A nossa principal missão é dar formação para que estas pessoas possam servir a Igreja da melhor forma possível, sempre em articulação com os responsáveis pelas diferentes paróquias pois não queremos criar conflitos ou problemas; apenas damos resposta a uma solicitação reiterada e que assenta na necessidade de uma formação mais sólida”, precisou Hélder Miranda Alexandre.
Para já, o curso arranca na Terceira mas “o objetivo é podermos estendê-lo a São Miguel”, mas neste momento “ainda não será possível”.
O curso não dá “qualquer título académico” apenas “formação pastoral”, embora estejam a decorrer conversações entre o Seminário e a Universidade Católica no sentido da formação do Seminário ser reconhecida ou equiparada a licenciatura.
O curso que começa agora no dia 11 de fevereiro, durará três anos e meio e está delineado curricularmente de acordo com as normas definidas pela Conferência Episcopal Portuguesa.