No dia 26 de março, terça-feira, realizou-se a Missa Crismal na Sé de Angra, presidida por D. Armando Domingues. Cerca de 50 padres e leigos de várias comunidades da ilha Terceira participaram na celebração da Missa Crismal, prelúdio do Tríduo Pascal, onde foram abençoados o óleo dos catecúmenos e dos enfermos e consagrou-se o óleo para o Santo Crisma. Nesta Eucaristia também se celebrou a renovação das promessas sacerdotais.
Estiveram presentes três dos sete sacerdotes que assinalam os seus jubileus, nomeadamente o padre António Azevedo de São Jorge, a celebrar os seus 25 anos de ordenação sacerdotal, o padre Francisco Dolores, que completa 50 anos de sacerdócio e o padre Pedro Lima Mendonça, que cumpre 60 anos ao serviço da Igreja.
O dia da Missa Crismal é sempre um tempo para os sacerdotes, igualmente, reforçarem a unidade e a fraternidade sacerdotal, para além de conviverem.
Para tal, reuniram-se no Seminário, para um almoço de confraternização, como culminar de uma manhã de louvor a Deus pela vida dos sacerdotes da nossa Diocese, dos que continuam entre nós e daqueles que ao longo deste ano partiram do nosso convívio e se encontram na eternidade.
De seguida apresentamos alguns excertos de D. Armando na sua homilia da Missa Crismal:
“É uma graça estarmos aqui juntos e unidos aos restantes membros do Presbitério. Precisamos que este corpo seja, hoje mais que nunca, fraterno, amigo, generoso, aberto à renovação. O meu primeiro pedido que faço ao Senhor é este: que caminhemos juntos, que sejamos construtores de fraternidade, exemplo para as comunidades! Há solidão num bispo ou num padre? Há. A solidão também se vence com a forma como nos olhamos e amamos uns aos outros”.
“O mundo de hoje e, quem sabe, o nosso Presbitério parece demasiado pobre de olhares que não procurem consolação ou recompensa; de olhares que saibam focar a pobreza do outro sem julgamentos, sem distâncias. Precisamos de um olhar que conduza ao serviço fraterno… sem receio de sermos sempre os mesmos a dar o primeiro passo. Jesus apenas diz: “como eu fiz, fazei vós também”! Quer-nos aos pés do outro como servos, escravos, a cuidar do seu bem mais que do nosso”
“Há um paradigma novo de sacerdote no lava-pés! Precisamos de lavadores de pés”.