Academia S. Tomás de Aquino inicia ano letivo com novos Corpos Sociais

O Seminário de Angra deu início a mais um ano letivo e com isso iniciam também as atividades desenvolvidas pelos 3 movimentos do “Coração da Diocese” (Conferência Vicentina S. Tomás de Aquino, Academia S. Tomás de Aquino e Agrupamento 114 – Seminário).

Curiosamente, todos eles iniciam os trabalhos com novos corpos sociais/chefia.

Fomos ao encontro de cada responsável a fim de ficarmos a saber quais os principais projetos para o ano que agora inicia.

 

ACADEMIA SÃO TOMÁS DE AQUINO

Recentemente eleita, a equipa liderada pelo Seminarista Dinis Toledo, do 1º Ano e natural da Ilha Terceira,  abraça o projeto de continuar a trabalhar em prol da cultura e da ligação do Seminário com a Sociedade. Fiquemos com a entrevista feita ao Presidente da Direção.

1- A Academia conta atualmente com quantos membros e qual a sua organização interna?

Dinis Toledo: A Academia conta 17 membros, sendo a organização interna a seguinte: como presidente da direção sou eu, Dinis Toledo, como secretário o Mário Jorge e tesoureiro o João Sousa. Na Assembleia Geral o presidente é o André Mota e os secretários André Furtado e Élson Medeiros, no Conselho Fiscal o presidente é o Fábio Silveira, o secretário o Rui Soares e o vogal o João Silva.

2- Quais os principais projetos/atividades do movimento para este ano letivo?

D. T: A direção da Academia pretende realizar, após aprovação em Assembleia Geral, a reedição do Encontro de Coros Litúrgicos que foi promovida no ano passado, pela anterior direção e que foi de enorme sucesso e impacto junto dos participantes nesta iniciativa. Queremos continuar a edição do jornal “Saber de Aquino II”, dando particular destaque a textos produzidos pelos alunos do Seminário. Promover a Festa do nosso padroeiro São Tomás de Aquino, como é, aliás, obrigação nossa. Colaborar na realização das Jornadas de Teologia. Dar oportunidade aos seminaristas de terem noções básicas de paleografia, através de uma formação destinada a toda a comunidade do Seminário, e realizar uma tertúlia subordinada ao tema “Património meio de Evangelização”.

3- Qual o papel da Academia, numa instituição como o Seminário e qual a importância desta na caminhada de formação dos futuros Sacerdotes?

D. T: No contexto do Seminário a Academia é fundamental na sensibilização para as questões culturais e para o diálogo com a cultura contemporânea. Como futuros padres necessitamos de “bagagem” cultural que nos permita interagir com o mundo e com os meios e agentes culturais do nosso tempo. Além disto, através da publicação do jornal, a Academia pretende levar ao mundo aquilo que se vai produzindo no Seminário na dimensão cultural, mostrando que nesta instituição há, ainda, o interesse pela cultura, dando continuidade ao que se fazia no passado, sem esperanças de voltarmos ao antigamente, mas, com os recursos que temos, continuarmos a ser um polo de dinamização da cultura na sociedade em que nos inserimos.

4- A Academia ja teve vários períodos de inatividade, ao longo dos anos. Quais são, no seu ponto de vista, os pontos fundamentais ou os meios de ação que devem ser levados a cabo para dar continuidade ao movimento?

D. T: É uma questão delicada pois com o reduzido número de alunos que temos acabamos por nos inserir nos movimentos para que estes não fechem portas. No que concerne à Academia é precisar cativar os novos seminaristas a se inserirem no movimento, mostrando-lhes que este proporciona uma vertente que muitas vezes alguns não se interessam e que é um mundo imenso onde é preciso mergulhar. A questão mais complicada que vejo na continuidade da Academia é o ter coragem de assumir a direção deste movimento que traz obrigações e que pede de nós um compromisso sério e honesto, o sistema de apresentação de listas, eventualmente, terá de ser revisto, pois, como se viu este ano, só foi apresentada uma lista.

5- Qual a importância da Academia enquanto “ponte” entre o Seminário e a Sociedade do “exterior”?

D.T: Não utilizaria melhor definição para o papel da Academia na relação com a sociedade. Nos tempos que correm nota-se uma dificuldade por parte da Igreja em se relacionar com a sociedade em geral, mas sobretudo com os meios académicos, artísticos, por vezes, e com a cultura própria do mundo atual. A Academia pode ser a “ponte” ideal e também o “laboratório” onde se debata e promova o diálogo, de maneira a que os futuros sacerdotes e todos aqueles que já exercem o ministério possam refletir a sua posição e maneira de estar perante os desafios que nos são colocados. O Padre José Júlio Rocha, Perfeito de Estudos do SEA, muitas vezes diz que o Seminário é quase uma “estufa”, por isso mesmo existe a Academia, para que se abram as portas ao conhecimento e ao que de bom é feito lá fora, mas também para que possamos levar o que de bom se tem feito cá dentro.

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