Um barco à deriva

Toda a nossa história é moldada e conduzida por Deus. No entanto, podemos perguntar-nos se sabemos navegar em direção a Ele. Neste sentido, podemos utilizar a imagem de um barco, que é construído por Deus, para que cada um de nós consiga chegar e encontrar-se com Ele.

O Homem, enquanto servo e anunciador da mensagem de Deus, é livre em escolher o caminho que quer seguir, embora escolhamos, muitas vezes, um caminho facilitado e alicerçado pelo comodismo e autossuficiência.

No entanto, o caminho apresentado e proposto pelo Senhor é um caminho que implica a fé, dedicação e entrega. É certo que, por vezes, temos medo de responder a essa proposta de amor, ou porque achamos que somos incapazes ou porque enchemos o nosso coração de ideologias que nos afastam do caminho de verdade, o caminho onde Deus reside. Por isso, vamos vivendo num mundo sem Deus, isto é, sem sentido e felicidade.

Com efeito, podemos abrir fendas no barco em que navegamos porque enchemo-lo de cargas muito pesadas, compostas pelos nossos pecados que nos afastam de Deus e, consequentemente, do Seu projeto de amor que quer estabelecer connosco. Enquanto discípulos de Cristo, somos convidados a dragar toda essa carga para que possamos estabelecer um encontro mais autêntico e verdadeiro com Aquele que nos ama e quer a nossa felicidade. É, sem dúvida, algo desafiante e exigente que não podemos vivê-lo de forma isolada, mas uns com os outros. Somos chamados a entregar a nossa vida nas mãos de Deus, ajudando na edificação de uma comunidade – comunhão, isto é, uma comunidade unida que quer viver e encarnar, na sua forma de ser e agir, o próprio Jesus.

A melhor forma de percorrermos este caminho em direção a Deus é tomarmos a consciência de que este Deus está sempre presente para estender a sua mão a todo aquele ou aquela que quer ser curado. Basta confiarmos. O segredo é nunca desistirmos de lutar por aquilo que nos faz felizes.

O percurso que fazemos pode não ser fácil porque é formado por muitas dificuldades que nos fazem vacilar e querer desistir, mas a chave para todas as dificuldades está na oração, no diálogo com Deus.

Dizemos que temos fé e que acreditamos em Deus, mas será que deixamos que o nosso barco seja conduzido por Ele? Será que vivemos a nossa fé, em Jesus Cristo, em Igreja? São questões pertinentes que nos devem fazer refletir neste mundo que precisa de mais amor – de Deus.

João Silva

5º Ano

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