Juventude, formação e reorganização territorial da diocese marcam ano de 2018 na diocese de Angra

Bispo realizou visitas pastorais a quatro ilhas

O ano que agora termina foi marcado pelas decisões do Conselho Presbiteral e ratificadas depois pelo Conselho Pastoral Diocesano sobre a necessidade de formação do Povo de Deus na diocese de Angra, partilhando-a entre leigos e presbíteros. A criação da Escola de Formação Cristã de Ouvidoria e a reativação do Instituto Católico de Cultura, no ano em que cumpre o 25º aniversário, foram neste contexto os dois principais instrumentos definidos ao nível diocesano para implementar esta formação, verificando-se já muitas iniciativas em praticamente todas as ouvidorias ao nível da formação. Recorde-se que para isto contribuiu a ação da recém criada Vigararia Episcopal da Formação que criou uma série de subsídios pastorais seja para leigos, centrados na constituição conciliar Lumen Gentium seja para o clero, desenhados a partir da nova Ratio Fundamentallis, que foram distribuídos pelas 16 ouvidorias e que servem agora para debates, conferências, assembleias de leigos ou simples encontros formativos.

A decisão dos dois conselhos foi absorvida pelas orientações diocesanas que a par desta exigência formativa elegeram a juventude como a grande trave mestra da acção pastoral. De resto, a juventude esteve em grande plano na diocese como em toda a igreja. O sínodo da juventude marcado pelo Papa Francisco e que se realizou em outubro serviu de alavanca para um reflexão sobre os jovens e a fé que animou o primeiro semestre da diocese de Angra, culminando no grande Congresso Diocesano da Juventude que, entre 30 de junho e 2 de julho, mobilizou mais de 200 jovens em São Miguel. Deste congresso saíu um forte compromisso da Igreja em dar mais protagonismo aos jovens e um forte apelo de D. João Lavrador a um maior envolvimento dos jovens na vida das comunidades católicas. No congresso participaram jovens representativos de praticamente todas as ouvidorias da diocese de Angra com particular destaque para os jovens de São Miguel, Terceira, Faial, Graciosa, Pico, Flores e São Jorge.

Neste ano que agora termina, as visitas pastorais do prelado ao Pico, às Flores, ao Corvo e a São Miguel onde já visitou as ouvidorias da Ribeira Grande e do Nordeste, marcaram igualmente a atividade diocesana, mostrando uma igreja em movimento e dialogante com o mundo. No balanço destas visitas, fica a certeza de que o prelado conseguiu ter uma noção mais plena e completa do que é a realidade diocesana, através do contacto com instituições, associações e grupos mais ou menos organizados ao nível de cada comunidade, seja do ponto de vista eclesiástico seja do ponto de vista da sociedade civil. D.João Lavrador centra sempre a sua atenção nas questões sociais e tem deixado apelos às comunidades para que olhem e atendam cada vez mais os mais necessitados.

Na ilha Terceira destaque para as II Jornadas Teológicas organizadas pelo Seminário de Angra. Na segunda edição, destinada a debater “Deus na pena dos homens”, o debate centrou-se na literatura e na forma como esta arte aborda a questão de Deus. Em São Miguel, por outro lado, realizaram-se as Jornadas de Comunicação Social sobre o tema a “Periferias,  verdade e esperança” e à Graciosa chegou a Peregrinação Diocesana de Acólitos.

Em 2018 a diocese ordenou mais um jovem do seu Seminário Episcopal. A ordenação ocorreu na Povoação no dia 30 de junho e o novo presbítero, Pe. Nuno Fidalgo, foi colocado nas Flores.

Neste ano que agora termina assistimos ainda à mudança de Reitor no Santuário Diocesano de Nossa Senhora dos Milagres, na Serreta, e no movimento anual de sacerdotes as mudanças mais significativas registaram-se no grupo Oriental. O ex ouvidor de Santa Maria, Pe. Vitor Arruda, regressou a São Miguel, para a paróquia de São Pedro, no coração de Ponta Delgada e para o seu lugar foi um jovem sacerdote que cumpriu os seus primeiros anos de sacerdócio nas bretanhas em Ponta Delgada, na Ouvidoria de Capelas, o Pe. Miguel Tavares. Destaque ainda para os regressos dos padres Jason Gouveia e José Paulo Machado.

O ano termina com o inicio das comemorações do 60º aniversário do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que tem um programa comemorativo próprio que passa por conferências, encontros e outros.

“Comunidade evangelizada em comunhão missionária” é o título do documento que define as orientações de pastoral, e sublinha “a frescura que o Evangelho oferece à vida da Igreja, a edifica na comunhão eclesial que tem o seu fundamento na Comunhão divina e que deve informar toda a vida e a missão dos discípulos de Jesus Cristo inseridos em comunidades cujos membros experimentam a unidade e promovem a corresponsabilidade e a participação”.

In Igreja Açores

 

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