Vigília de oração pelas vocações

Iniciativa, coordenada pelo Seminário Episcopal de Angra, juntou cerca de 100 pessoas

Realizou-se este sábado na Casa de São Francisco, no Pico da Urze, em Angra do Heroísmo, uma Vigília de Oração, especialmente orientada para a Vida Consagrada.

A inciativa decorreu no âmbito da Quinzena Vocacional na Diocese de Angra e foi orientada pelo Reitor do Seminário  e Diretor do Serviço Diocesano para a Pastoral das Vocações, Cónego Hélder Miranda Alexandre.

A Vigília  que contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre elas muitos jovens de vários grupos da ilha Terceira, foi animada pelo Grupo de Jovens de São Mateus.

O Bispo de Angra esteve presente no momento da oração, feita em conjunto também com as religiosas da Congregação  das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, e outros institutos religiosos presentes na ilha.

Recorde-se que na mensagem para a 52ª Jornada Mundial de Oração pelas Vocações, que hoje se assinala, o Papa Francisco defendeu que a “vocação cristã” está ligada ao compromisso solidário em “favor da libertação dos irmãos, sobretudo dos mais pobres”.

“A vocação cristã, radicada na contemplação do coração do Pai, impele simultaneamente para o compromisso solidário a favor da libertação dos irmãos, sobretudo dos mais pobres”, refere.

A mensagem tem como título ‘O êxodo, experiência fundamental da vocação’ e sublinha que “a vocação cristã só pode nascer dentro duma experiência de missão”.

“Ouvir e receber a chamada do Senhor não é uma questão privada e intimista que se possa confundir com a emoção do momento; é um compromisso concreto, real e total que abraça a nossa existência e a põe ao serviço da construção do Reino de Deus na terra”, assinala Francisco.

O Papa desafiou os jovens a ser capazes de sair de si próprios e da “falsa estabilidade” para seguir o sacerdócio e a vida consagrada.

“Na raiz de cada vocação cristã, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a nossa vida em Jesus Cristo”, refere Francisco.

“A oferta da própria vida nesta atitude missionária só é possível se formos capazes de sair de nós mesmos”, insiste o Papa.

Francisco precisa que esta saída “não deve ser entendida como um desprezo da própria vida”, mas como uma forma de encontrar “a vida em abundância”.

“A vocação cristã é, antes de mais nada, um chamamento de amor que atrai e reenvia para além de si mesmo, descentraliza a pessoa”, observa.

Segundo o Papa, esta experiência de “êxodo” é o “paradigma da vida cristã, particularmente de quem abraça uma vocação de especial dedicação ao serviço do Evangelho”.

A mensagem pede generosidade aos jovens, apesar das “incógnitas e preocupações”, para que sejam capazes de deixar-se “surpreender pelo chamamento de Deus”.

 

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